
“Ted” Kennedy – como era carinhosamente chamado -, também teve um papel chave na indicação de Barack Obama como candidato democrata a presidente, ao declarar seu apoio, praticamente definindo a disputa no partido. Em 2002, no que considerou depois “o melhor voto que ele havia dado no Senado”, ele votou contra a invasão do Iraque. Atitude que assumiu quase que sozinho. Em 2003, pouco depois da ocupação do Iraque, ele proferiu um discurso em que denunciou que a invasão do Iraque já vinha sendo tramada desde os primeiros dias do governo Bush e bem antes do 11 de Setembro, e que não havia nenhuma relação de Sadam com a Al Qaeda, nem armas de destruição em massa.
Filho de uma família milionária, foi capaz de se identificar com os desprotegidos, os pobres, os negros. Tornou-se conhecido como o “Leão do Senado” – e, ao mesmo tempo, sabia como atrair os mais inesperados apoios, para avançar a luta a que se propunha. Como no caso do MK-Ultra, o projeto de lavagem cerebral da CIA, que investigou e denunciou, com o apoio do ultra-conservador senador Barry Goldwater.
Sobre os irmãos John e Bob, dizia que “pensava neles todos os dias”. “Eles firmaram padrões elevados. Às vezes você consegue, às vezes, não”. O episódio de Chappaquiddick, em que seu carro mergulhou num rio, ele conseguiu escapar, mas morreu afogada uma mulher a quem dera carona, após uma festa, inviabilizou sua candidatura a presidente no início da década de 70. Em 1980, na eleição que depois Jimmy Carter perdeu para Ronald Reagan, Edward Kennedy disputou a indicação do partido à presidência e perdeu. Concentrou, então, todas as suas energias ao Senado, onde esteve por 47 anos.
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