sexta-feira, 7 de agosto de 2009

“Jornalista foi filmado roubando papéis e saindo correndo”

“Jornalista foi filmado roubando papéis e saindo correndo”
“Mas a campanha não fica só aí. Eu quero também dizer ao Senado uma coisa lamentável. Nessa busca, foram atrás do sujeito, da pessoa a quem eu vendi minha fazenda em 2002, o Sr. Giovani. E um jornalista, credenciado aqui no Senado, chega ao seu escritório agredindo, dizendo “o senhor é ‘laranja’ do Sarney, confesse!”, e rouba os papéis que estavam em cima da mesa dele e sai correndo. Pois bem. Isso está gravado aqui, porque um senhor como o Sr. Giovani tem gravação de TV em seu escritório. A cena foi filmada e não deixa dúvida. São esses os métodos que se usam numa campanha dessa natureza. Esse não é um método de deotonlogia, da profissão, e eu acredito que todos os jornalistas que estão ali [na sala de imprensa do Senado] jamais concordariam com isso”.
“Eu quero resumir. Em nenhum momento da minha vida faltei ou faltarei com o decoro parlamentar. Logo eu, que prezo a liturgia – porque decoro é conduta – cidadão de vida ilibada, de hábitos simples, ter falta de compostura e de decoro? Nunca eu acho que poderia alguém me acusar de uma coisa dessa natureza”.
APELO
“O meu apelo é pela volta de uma convivência pacífica entre nós. O que não posso aceitar é a humilhação de fugir das minhas responsabilidades, sem me dar outra solução senão aquela de me humilhar, de me submeter à humilhação pública perante o país. Que a paz seja restaurada nesta Casa. Que o ódio e a paixão política não nos façam perder a razão”.
“Cito, para terminar, palavras de uma jovem, de uma moça neurocientista, Ana Carolina, num livro que publicou, em que diz que obedecer à consciência, à sua consciência, é honrar a vida. É um trabalho sobre o cérebro. Ela diz:
“É um tempo difícil, eu sei. Qualquer entreluz transeunte é percebida como a mais intensa escuridão. Mas segure, aguente, persista, resista. Encontre qualquer ponto de força que ainda more dentro de você. Você é amado também por muitas pessoas”.
Minha força não é o desejo de poder. Este cargo não me acrescenta nada senão agruras, injustiças, decepções e trabalho, mas minha certeza de que nada fiz de errado. A minha fé e a minha crença de que as Senhoras e os Senhores Senadores são justos – e a convivência faz conhecer as pessoas, nós nos conhecemos uns aos outros – ajudar-me-ão a reconstruir a paz e a harmonia no Senado, sendo julgado com espírito único de justiça. Muito obrigado”.

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