sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Varrer da face da terra a escória imperialista!

O povo iugoslavo verteu seu sangue e pôs a vida de seus filhos à disposição da Humanidade contra a barbárie - e venceu-a. Nunca ficou tão evidente como agora que o império não tem outro interesse senão submeter a tudo e a todos, para manter sua casta de parasitas.
A resistência do bravo povo iugoslavo colocou por terra de vez toda a esganiçada arenga, falsa e vazia, das quadrilhas imperialistas que procuram dividir e submeter o mundo. Nunca mais nenhuma delas, em especial e sobretudo a norte-americana, poderá, para fazer exatamente o contrário do que diz, travestir-se com nomes como "democracia", "liberdade", "direitos humanos", sem causar a repugnância visceral dos homens, povos e nações.

Os Clinton, Blair, seus patrões dos cartéis bélico-financeiros e seus serviçais - os Fernando Henrique e Menem - nunca foram mais do que as nulidades, os farrapos emocionais, cheios apenas de miséria espiritual e degradação que hoje aparecem diante de todos. Mas se assim hoje aparecem, foi exatamente porque o povo iugoslavo não se submeteu a eles.

A História, ou seja, a formação do ser humano, jamais foi feita pelos que se submeteram. Desde que nossos antepassados pré-históricos desceram das árvores, foram os que não se submeteram, os que não aceitaram ser escravos, ser reduzidos a coisas, enfim, os que não negaram a sua condição humana, que a desenvolveram. Foram os heróis, e não os covardes, que fizeram o mundo. Foi a solidariedade entre os seres humanos - que esses heróis condensaram - que desenvolveu a nossa espécie, colocando-a à altura de seu nome: humana.

Assim, a Iugoslávia será para sempre o território onde, nas mais desiguais condições, um povo verteu seu sangue e pôs a vida de seus filhos à disposição da Humanidade contra a barbárie - e venceu-a. Não apenas porque os imperialistas não conseguiram o que queriam e tiveram que recuar. Mas também porque ali sua máscara foi irreversivelmente rasgada. As imagens dos iugoslavos de origem albanesa, aos quais diziam proteger com suas bombas, e aos quais trucidaram nas estradas, cidades e campos, são a marca que carregarão até o seu fim como o sinal da infâmia, do cinismo e do crime.

Mas não é a única. Bastou que uma nação pequena em território e população não se submetesse para que ficasse clara, nítida e escandalosa a tara sanguinária, anti-humana, anti-democrática e liberticida dos supostos paladinos da "liberdade". Da mesma forma, a resistência iugoslava expôs o quanto esses agressores de nações são, no fundo, frágeis e débeis, covardes a ponto de tremer de medo de enfrentar um exército com poder de fogo muito menor, mas que tinha o que eles não têm e nunca terão: moral, razões para lutar e para vencer, uma causa para defender e, se preciso, morrer por ela - mas jamais se ajoelhar.

Nunca, como agora, ficou tão evidente que eles não têm outro interesse senão submeter a tudo e a todos, para manter sua voraz e minúscula casta de parasitas e saqueadores, imersa na crise que ela própria engendrou, apavorados e cada vez mais paranóicos e histéricos a cada oscilação de uma bolsa de valores em algum lugar remoto, e impotentes diante de cada povo que não se submeta a eles.

Nada têm a oferecer aos povos, às nações e às pessoas, senão o tráfico de drogas e de órgãos humanos, a morte pela fome ou por assassinato, a destruição das maiores conquistas do homem, a aniquilação da cultura, o sufocamento dos sentimentos - em suma, o crime. Além, evidentemente, de edificantes modelos de vida pública e privada: Clinton, por exemplo.
Portanto, tornaram-se não só desnecessários, como nocivos, à maneira não apenas dos vampiros, que sobrevivem à custa do sangue dos vivos, como também dos cadáveres que, deixados insepultos, empesteiam a atmosfera.

A Humanidade, evidentemente, não irá acompanhá-los em seu destino. O único destino possível para as nações, como o Brasil, que sofrem ainda sob o jugo dessa plutocracia e de seu séquito de criados, é libertar-se. Não existe outro. Da mesma forma, todos os que trabalham nos países onde essa casta tem sede. O que os norte-americanos, por exemplo, podem esperar desse domínio, eles já receberam: psicopatas atirando em crianças, drogados e gangs ocupando bairros inteiros, estupidez televisada, sadismo e pornografia. Além, evidentemente, de servirem de bucha de canhão para quem os submete a essa vida de insegurança, aflição e medo.

Portanto, não há outra coisa a fazer senão extinguir com o que impede aos seres humanos, nos países centrais e nos países oprimidos, de se desenvolver plenamente. A Humanidade, para que a vida sobre a Terra vença definitivamente, está no momento tomando as providências para que eles cheguem rapidamente ao seu destino - sozinhos, tal como apreciam.
Como mostrou o povo iugoslavo, e, antes dele, inúmeros outros povos, há força, criatividade e sentimentos que são impossíveis de sufocar, e que assim que se manifestam fazem, inevitavelmente, com que seus inimigos sejam empurrados para o seu fim, rasgando a camisa-de-força que pretendem impor, e fazendo frangalhos de sua máscara.
O destino do mundo é o oposto deles. É o de ser um mundo livre, democrático e solidário, ou seja, socialista, onde todas as qualidades dos seres humanos se expressem da forma mais rica, onde todos os indivíduos se enriqueçam no contato com outros indivíduos, e todos os bloqueios a esse contato sejam erradicados pela vontade e consciência de cada um de nós. Toda a trajetória humana é a do desenvolvimento cada vez maior da solidariedade. Se não fosse assim, ainda estaríamos nas cavernas. Faltasse ainda alguma prova, bastaria a última - a Iugoslávia.
CARLOS LOPES

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