sexta-feira, 20 de maio de 2016

Governo abandona Eletrobrás à mercê de especuladores na bolsa de Nova Iorque


A Bolsa de Valores de Nova Iorque (Nyse) suspendeu na quarta-feira (18) a negociação dos American Deposit Receipts (ADRs, que são recibos de ações) da Eletrobrás, após a companhia ter informado no dia anterior que não entregaria o balanço auditado de 2014 à SEC (órgão regulador do mercado de capitais nos Estados Unidos). A empresa informou que vai recorrer da decisão.
A KPMG, responsável por aprovar o balanço da estatal antes de ele ser enviado aos EUA, se recusa a assinar o documento, em função de que nele não constam os danos causados à Eletrobrás pelas irregularidades que estão investigadas pela Lava Jato.
Esse processo deve durar pelo menos dois meses e vai avaliar se as ações da estatal serão deslistadas (perderão o registro na Nyse). Na terça-feira, o ministro do Planejamento, Romero Jucá, afirmou que, se isso ocorrer, o Tesouro Nacional pode ter de arcar com até R$ 40 bilhões para pagar quem tinha investido na estatal.
Tanto a Eletrobrás quanto a Petrobrás tiveram ações vendidas na Bolsa de Nova Iorque durante os governos Fernando Henrique, Lula e Dilma. Faz parte de uma política de venda pelas beiradas. Na Petrobrás foi adotada a política de desinvestimento. Na Eletrobrás, o atual ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, chamou de “desmobilização de ativos”, em parceria com Moreira Franco, o ministro das privatizações de Temer.
Em uma posição submissa, a senhora Rousseff chegou a dizer que a Petrobrás é idônea porque tem ações em Nova Iorque.
 
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