sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Maranhão 66 - Posse do Sarney




ESTA REALIDADE NÃO MUDOU, FAZENDO DO MARANHÃO O ESTADO MAIS MISERÁVEL DO BRASIL.
O FILME É UMA DENUNCIA ENTRE O DISCURSO E O QUE GLAUBER ROCHA MOSTRA DA REALIDADE DO MARANHÃO.

“Tomava eu posse no Governo do Maranhão e fiz uma ousadia que não deveria ter feito com um amigo da estatura de Glauber Rocha. Eu lhe pedira que documentasse a minha posse. Glauber fez o documentário que foi passado numa sala de cinema de arte, há 15 anos. E quando o público viu que numa sessão de cinema de arte ia ser passado um documentário que podia ter o sentido de uma promoção publicitária, reagiu como tinha que reagir. Mas aí, o documentário começou a ser passado, e quando terminaram os 12 minutos o público levantou-se e aplaudiu de pé, não o tema do documentário mas a maneira pela qual um grande artista pode transformar um simples documentário numa obra de arte: ele não filmou a minha posse, ele filmou a miséria do Maranhão, a pobreza. Filmou as esperanças que nasciam do Maranhão, dos casebres, dos hospitais, dos tipos de ruas, e no meio de tudo aquilo ele colocou a minha voz, mas não a voz do governador. Ele modificou a ciclagem para que a minha voz parecesse, dentro daquele documentário, como se fosse a voz de um fantasma diante daquelas coisas quase irreais, que era a miséria do Estado”. Senador José Sarney, no Jornal do Brasil, (Rio de Janeiro, 25 de Agosto de 1981).
[Fontes: baseado no Site Tempo Glauber e demais pesquisas no Google]


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