domingo, 26 de janeiro de 2014

"Clama combater o terror e o financia em solo sírio"

Ministro sírio, Muallem denuncia EUA:















O embaixador Walid al-Moallem, que comandou a delegação governamental síria, denunciou a ação dos Estados Unidos e seus satélites durante seu pronunciamento, lembrando que o futuro da Síria aos sírios pertence.
"Ninguém sr. Kerry, tem o direito de questionar a legitimidade do presidente Bashar al-Assad a não ser os próprios sírios. Nós realizaremos um referendo sobre o que ocorrer aqui", arrematando que "o ocidente (EUA, Alemanha, Inglaterra e França) clama publicamente combater o terrorismo enquanto secretamente o financia", junto a seus satélites no Oriente-Médio, os "príncipes e emires (Arabia Saudita e Qatar) que vivem na lama e no atraso".
Já no inicio de seu discurso, o embaixador sírio apontou os representantes dos governos, sentados na mesa de negociação da Conferência, que têm se dedicado a que a Síria volte para a era medieval. "É extremamente lamentável que sentados entre nós estão os representantes das nações com sangue sírio em suas mãos". Aqueles que com seus "petrodólares compram armas, recrutam mercenários, e saturam a mídia com sua brutalidade irracional, baseada em mentiras acerca de uma suposta ‘revolução síria’". Uma brutalidade que tem levado a cabo práticas tão hediondas como o "massacre de mulheres grávidas, ao retalhar seus ventres e matar seus fetos ou estuprando mulheres mortas".
"Livros e livrarias são queimadas, tumbas são violadas e seus artefatos roubados. Em nome da ‘revolução síria’ crianças são assassinadas em suas escolas, e estudantes em suas universidades. Mesquitas são bombardeadas enquanto os fiéis estão de joelhos rezando, e cabeças são decapitadas e penduradas nas ruas, pessoas são queimadas vivas". Moallem indagou se em uma revolução "um pai se mata com sua mulher e filho para prevenir que invasores estrangeiros violem a sua casa? Isto é o que ocorre em Adra".
"Alguns vizinhos iniciaram os bombardeios sobre a Síria enquanto outros recrutavam terroristas pelo mundo: 83 nacionalidades estão lutando na Síria, mas ninguém condena isso e seguem os glorificando como a revolução síria". Mesmo assim "quando tudo isso falhou, os Estado Unidos ameaçaram bombardear a Síria, fabricando junto a seus aliados, do ocidente e oriente, a história sobre o uso de armas químicas, que falhou até mesmo em convencer o seu público. As nações que dizem celebrar a democracia, a liberdade e os direitos humanos, lamentavelmente, na Síria limitam-se a falar na linguagem do sangue, da guerra e do colonialismo. Há democracia imposta com fogo, a liberdade com planos de guerra, e os direitos humanos com assassinato, só porque eles se acostumaram com o mundo se curvando a sua vontade?".
"A República Árabe da Síria, o seu povo e Estado, cumpriu plenamente os seus deveres. Deu boas vindas as centenas de jornalistas internacionais e facilitou sua locomoção, segurança e acesso. E eles tem refletido a terrível realidade que testemunharam para a sua audiência, realidades que têm deixado muitas mídias ocidentais, que não sustentaram sua propaganda, exposta e contraposta. Nós permitimos a ajuda humanitária internacional e suas organizações a entrarem no país, mas os agentes clandestinos de países sentados aqui os impediram de ajudar os que necessitavam." Hoje como resultado do terrorismo financiado principalmente pelos EUA "a poliomielite retornou ao país após ter sido erradicada na Síria".

"Estamos aqui para dizer para os estrangeiros para que retornem a seus países, porque eles sempre serão estrangeiros em qualquer outro lugar". Ele também lembrou que "aqueles que querem ouvir a vontade do povo sírio não deveriam apontar a si próprios como seus porta-vozes. Somente os sírios tem o direito de escolher o seus governantes, o seu parlamento e a sua Constituição". O embaixador Walid al-Moallem encerrou a sua intervenção afirmando: "nós podemos escolher lutar contra o terrorismo e o extremismo juntos e dar início a um novo processo político, ou vocês podem continuar apoiando o terrorismo na Síria".
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