sábado, 27 de março de 2010

SETORES DA MIDIA AGEM DE MÁ-FÉ.FIQUEM ATENTOS,ALERTA O PRESIDENTE LULA.

“Eles queriam que o país estivesse numa desgraça. Que tudo desse errado”, afirmou.


O presidente Lula criticou o comportamento faccioso de setores da mídia sobre os fatos que estão ocorrendo no Brasil atualmente. “Quando alguém quiser fazer uma pesquisa sobre a História do Brasil e sobre o governo Lula e tiver que ficar lendo determinados tablóides, esse estudante vai estudar uma grande mentira neste país”, denunciou o presidente. Ele salientou que a mídia “age de má-fé”. “E quando o cidadão quer ser de má-fé, não tem jeito”, acrescentou.

As afirmações foram feitas nesta quarta-feira (24), na solenidade “Territórios da Cidadania em Foco”, em Brasília. Na ocasião o presidente alertou para as manobras que parte da mídia vem fazendo para interferir no processo eleitoral deste ano. “Nós estamos vivendo um ano que vai começar a ficar delicado. Do ponto de vista político, é extraordinário, porque nós estamos consolidando a democracia no Brasil. Do ponto de vista administrativo, nós precisamos ficar muito atentos, porque é um ano que vai ter muitos embates”, alertou o presidente, lembrando que “tem gente que fica incomodado quando as coisas começam a dar certo”. “Eles queriam que o país estivesse numa desgraça. Que tudo desse errado”, afirmou.

Segundo Lula, na medida em que a imprensa brasileira “não aponta com exatidão o que vem sendo feito no País em termos de programas sociais, obras públicas e desenvolvimento, o governo tem que ficar provando todo dia o que está fazendo”. Ele denunciou que para tentar desgastar o governo, “eles têm predileção pela desgraça”. “Acabei de inaugurar 2.000 casas, não sai uma nota. Caiu um barraco, tem manchete”, disse. “É triste quando a pessoa tem dois olhos bons e não quer enxergar, quando a pessoa tem direito de escrever a coisa certa e escreve a coisa errada”, destacou.

MANOBRA

O comportamento tendencioso da mídia, denunciado por Lula, faz parte das manobras dos setores retrógrados do país com o objetivo claro de interferir no processo político brasileiro. Os donos de jornais vêm fazendo campanha a favor de José Serra desde há muito tempo, pelo menos desde 2002 quando ele perdeu para Lula. De lá para cá Serra nunca deixou de aparecer como candidato a presidente nas páginas dos principais jornais e nos canais de televisão. É sempre apontado como candidato presidencial dos institutos de pesquisa ligados a esses órgãos de imprensa. Usa uma estatal paulista para fazer propaganda em todo o país. Mas, para a mídia, quem está fazendo campanha não é o tucano, é a ministra Dilma Rousseff.

Alardeiam que a entrega das obras por parte da ministra é campanha antecipada. Dizem isso ao mesmo tempo que promovem abertamente as ações de José Serra. Reclamam cínica e repetidamente que a ministra da Casa Civil e o presidente da República estão inaugurando obras. Ora. Eles queriam o que? Que o governo não fizesse as obras e não tocasse os programas sociais? A justiça eleitoral, acionada por eles várias vezes com acusações de campanha antecipada, negou todas elas. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) considerou todas as ações da oposição como infundadas e afirmou que a ministra e o presidente não estão fazendo nada de errado. Ao contrário, segundo os juízes, Lula e Dilma estão cumprindo rigorosamente as suas obrigações constitucionais ao inaugurar obras.

A insistência da oposição tucana e de setores da mídia em acusar a ministra apesar de todas as decisões do TSE em contrário pode perfeitamente ser caracterizada como uma atitude de má-fé. O termo jurídico para isso é “litigância de má-fé”, ou seja, a utilização indevida e repetida de ações judiciais já negadas sobre o mesmo tema. Está mais do que claro que eles estão usando de má-fé ao entrar toda hora com ações deste tipo ao mesmo tempo que fazem campanha pró-Serra. E o Judiciário deve estar atento para evitar esse mecanismo antidemocrático, ilegal e oportunista da oposição tucana, estimulada pela mídia golpista.

TRABALHANDO

Na opinião do presidente, o governo não pode aceitar esse jogo da oposição. “Não podemos deixar que os embates deste ano eleitoral paralisem os programas sociais. Temos que ter muito cuidado”, disse. “É assim que determinados setores da imprensa se comportam para fazer a cobertura. É assim. Eles sabem o que está acontecendo no país. Se não quisessem saber pelos seus olhos, saberiam pelas pesquisas de opinião pública. Ainda assim, não querem saber. E nós vamos trabalhando, porque a única coisa para vencer isso é trabalhar. Nós não temos tempo de parar para resmungar”, completou.

É compreensível que as oposições estejam tão nervosas neste início de 2010. A campanha nem começou e o seu candidato, apesar de todo apoio que recebe da mídia, não para de cair nas pesquisas. Já a ministra Dilma, que deverá ser homologada em junho candidata do PT para as eleições presidenciais de 2010, ao conduzir com seriedade e competência suas funções à frente do ministério mais importante e espinhoso do governo Lula, vem recebendo apoio crescente da opinião pública. Mesmo trabalhando direto desde as primeiras horas do dia até altas horas da noite, a ministra, com sabedoria e habilidade, vem sendo cada vez mais reconhecida pela opinião pública. Ela é vista como a principal auxiliar do presidente Lula. E, por seu belo desempenho, mais e mais pessoas chegam à conclusão de que ela é a pessoa melhor capacitada para levar adiante os projetos do atual governo.

Ainda durante o evento em Brasília, o presidente Lula disse que não se deve ter receio dessa mídia. Ele lembrou o episódio de 2003 quando, no primeiro ano de governo, colocou um boné do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Lula disse que não se rendeu aos ataques da mídia. “A partir daquele instante, eu passei a colocar qualquer chapéu na cabeça. Nunca mais me cobraram. Eles vêm para cima, se você se acovarda, eles ganham. Você não tem por que temer. Não temos vergonha do que fizemos nesse país. Nós todos vamos ser medidos pelo que nós fizemos”, completou.

SÉRGIO CRUZ

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