sexta-feira, 19 de março de 2010

INFORME CHINÊS ESPÕE AGRESSÕES AOS DIREITOS HUMANOS NOS EUA

Documento apresentado pelo Conselho de Estado da China denuncia que “o governo dos Estados Unidos continua ignorando os seus próprios problemas e passa a acusar os outros”

“No momento em que o mundo inteiro está sofrendo uma séria regressão nos direitos humanos, causada pela crise mundial iniciada pelos Estados Unidos, seu governo continua ignorando seus próprios problemas nesta questão e passa a acusar outros países”, afirma o Escritório de Informação do Conselho de Estado da China, em resposta ao Informe por Países sobre Práticas de Direitos Humanos correspondentes a 2009, do Departamento de Estado dos EUA.

No documento, intitulado Registro dos Direitos Humanos nos EUA em 2009, publicado no dia 12 de março, os chineses lembram que os estadunidenses se arvoram “juízes mundiais” e divulgam textos repletos de acusações sobre a situação dos direitos humanos em mais de 190 países e regiões, mas omitem, ignoram e inclusive escondem as violações destes direitos em seu próprio território”.

Na verdade, assinala o Registro, os EUA usam os direitos humanos como “ferramenta política para difamar e interferir nos assuntos internos de outras nações e buscar seus próprios interesses estratégicos”. “Apesar de sua defesa da ‘liberdade de expressão’, da ‘liberdade de imprensa’ e da ‘liberdade na Internet’, o governo estadunidense controla e restringe o direito de seus cidadãos à essa liberdade”, constata o documento, apontando que a “Agência de Segurança Nacional (ASN), começou a controlar as comunicações instalando equipes especializadas de escuta e interceptando telefones, faxes e contas de correio eletrônico em 2001. A ASN estabeleceu mais de 25 centros de escuta em San José, San Diego, Seattle, Los Angeles e Chicago, entre outras muitas cidades”.

“Após o ataque de 11 de setembro, o governo dos EUA, em nome da luta contra o terrorismo, autorizou os departamentos de inteligência a entrar nas contas de correio eletrônico dos cidadãos para vigiá-los e eliminar qualquer informação que pudesse ameaçar os seus interesses. O ‘Patriot Act’ deu mais liberdade às agencias encarregadas da aplicação dessa lei para grampear os telefones e controlar tanto as comunicações através do correio eletrônico como os registros médicos e financeiros”, denunciam os chineses, citando o The New York Times, de 15 de abril de 2009, que revela que a ASN também estava grampeando os telefones de políticos estrangeiros, funcionários de organizações internacionais e jornalistas.

“A suposta 'liberdade de imprensa' dos EUA está completamente manipulada pelo governo”, frisa o documento, recapitulando o publicado pelos meios de comunicação, que informam que o governo estadunidense e o Pentágono fizeram ex-oficiais militares participar dos programas de rádio e televisão durante as guerras do Iraque e Afeganistão para glorificar estes conflitos armados, guiar a opinião pública e conseguir que os cidadãos apoiassem as invasões (The New York Times, 20 de abril de 2009).

O documento relata que os recintos educativos dos EUA são cenário de numerosos crimes violentos, com tiroteios cada vez mais freqüentes. A Heritage Foundation dos Estados Unidos informou que 11,3% dos estudantes secundaristas em Washington registraram ter sido "ameaçados ou feridos" com arma quando se encontravam dentro da escola em 2008 (www.heritage.org).

"Suas prisões estão abarrotadas. Segundo um informe publicado pelo Departamento de Justiça de 8 de dezembro de 2008, mais de 7,3 milhões de pessoas permaneciam sob controle do sistema carcerário do país", afirma o relatório, descrevendo os dados de uma pesquisa publicada pelo jornal New York Times de 24 de junho de 2009, segundo a qual 4,5% dos mais de 63.000 presos das prisões estaduais e federais que foram entrevistados tinham denunciado abusos sexuais em pelo menos uma ocasião nos doze últimos meses.
HP

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