quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Rússia festeja os 70 anos da vitória Soviética na Batalha de Stalingrado



A Rússia comemorou o 70º aniversário da Batalha de Stalingrado com um desfile histórico na principal praça da cidade, no sábado (2). Participaram cerca de 4000 soldados e oficiais vestindo os uniformes da época e tanques e armamentos usados então. O ato contou com a presença do presidente Vladimir Putin, ministros, autoridades militares e dirigentes políticos entre os quais se destacou Gennadi Ziuganov, do Partido Comunista da Federação Russa. Desfilaram ainda modelos de técnica militar de última geração.
A Batalha de Stalingrado que acabou em 2 de fevereiro de 1943 com a rendição alemã, tornou-se um símbolo da coragem, da determinação e do compromisso dos soviéticos com sua Pátria. A luta travou-se rua por rua, casa por casa, com a participação de toda a população, ao lado do Exército e de forças guerrilheiras. Mais de 1 milhão de pessoas morreram na luta heróica para derrotar o nazifascismo.
Bandeiras soviéticas, faixas, cartazes levados pela população e ônibus com a foto do comandante político e militar da União Soviética, Josef Stalin, enfeitaram as ruas da cidade.
Durante a cerimônia, Vladimir Putin disse que a batalha de Stalingrado “é um dos maiores exemplos de heroísmo do mundo”. “Nosso dever consiste em fazer o máximo para que a verdade e a lembrança da Batalha de Stalingrado não fiquem ofuscadas nunca. Devemos opor uma decidida resistência às tentativas de tergiversar os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, de interpretá-los segundo a conjuntura política, de apagar descaradamente a proeza dos que libertaram o mundo”, afirmou. “Tem que ser muito cínico para esquecer seu sacrifício. Não o permitiremos nunca!”, ressaltou.
Putin observou que a Batalha de Stalingrado constituiu um ponto de inflexão no desenvolvimento da 2ª Guerra Mundial, no destino de muitos Estados e milhões de pessoas e permitiu a derrota do nazismo alemão.
O vice-primeiro-ministro Dmitri Rogozin, encarregado de supervisionar as atividades militares da Rússia, cumprimentou o povo russo e elogiou os heróis de guerra, afirmando que a cidade de Stalingrado, mesmo destruída pelos nazistas, tornou-se uma fortaleza inexpugnável para o inimigo. Rogozin também declarou que a vitória só foi possível “porque os heróis russos defenderam, até a morte, a sua honra, a honra de Stalingrado e a honra do país”.
Veteranos de guerra da Rússia e dos países da Comunidade de Estados Independentes também estiveram presentes às celebrações, participando de várias ações sociais e confraternizando com as pessoas que foram às ruas para saudá-los pelos seus gloriosos feitos na Segunda Guerra Mundial.
Na batalha, que durou 200 dias e noites, as tropas soviéticas derrotaram cinco exércitos juntos: dois alemães, dois romenos e um italiano. E o comandante em chefe do 6º Exército da Wehrmacht, Friedrich Paulus foi feito prisioneiro.
No começo da defesa de Stalingrado, em 17 de julho de 1942, era difícil prever quem seria o vencedor. O exército do inimigo era muito poderoso. Nos primeiros meses era clara sua supremacia numérica, num confronto em que participaram mais de dois milhões de homens, 2.000 tanques e 2.500 aviões de combate, de um e de outro lado; além de 36 mil canhões. Mas, os defensores da cidade estavam dispostos a se manter na luta até a morte.
Stalingrado virou “Volgogrado” em 1961, após o XX Congresso do Partido Comunista da URSS ter renegado o papel do líder José Stalin na derrota do fascismo. Na quarta-feira (31/1), o conselho de Volgogrado aprovou um decreto que autoriza que o nome Stalingrado seja usado em seis datas especiais, incluindo o dia da Vitória (9 de maio), o dia do contra-ataque russo em Stalingrado (19 de novembro) e o dia do fim da Segunda Guerra Mundial (19 de novembro). Partidos, entidades sociais e militares defendem que o nome da cidade que representa o orgulho nacional pelo papel libertador que teve não só para a Rússia como para toda a Humanidade volte a se chamar Stalingrado.
Numa colina de 102 metros, surge majestosa a estátua Mãe Pátria, de 85 metros de altura e que é símbolo da cidade. A construção é uma mulher feita de concreto empunhando uma espada de aço e foi visitada por milhares de pessoas que depositaram flores. O local foi palco de enfrentamentos que duraram quatro meses durante o cerco de Stalingrado e hoje abriga um memorial a todos que morreram no conflito, em um complexo chamado Mamaev Kurgan. O Panteão conta com a inscrições com os nomes de 7,2 mil combatentes mortos.
S. SANTOS
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