terça-feira, 27 de janeiro de 2009


Agnelli ganha R$ 448 mil por mês
Autor da proposta “inovadora”, o atual presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, é um funcionário que o Bradesco colocou à frente da segunda maior empresa do país - a despeito de só ter cerca de 8% das ações com direito a voto da Vale - e recebe a módica quantia de R$ 5,375 milhões anuais ou R$ 448 mil por mês (cf., HP, 21/01/2009).
O que ele chama de proposta para garantir emprego - cortar em 50% o salários dos trabalhadores que forem colocados de licença - só vale até o dia 31 de maio. Depois disso, “vai depender do que acontecer”.
O Bradesco obteve do governo Fernando Henrique não só a permissão para comprar ações da empresa – o que era ilegal já que foi um dos bancos que fez a avaliação que preparou a venda – mas o fez com dinheiro público.
Com trambiques jurídicos, o banco ainda aboletou lá um presidente que, depois de extorquir aumentos cavalares em associação com o cartel internacional de minério, acha que pode chantagear o governo brasileiro e os trabalhadores.
Mas, como lembrou bem o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, “o poder estatal ainda detém mais de 50% da Vale do Rio Doce, embora seu comando, sua direção, por esses artifícios de natureza legal, pertencem a 8%, detidos por um determinado banco privado”.

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