quinta-feira, 24 de maio de 2012

Jubileu da rainha Elizabeth II vira desfile de déspotas feudais


O que deveria ser a “maior reunião de monarcas em décadas”, para comemorar 60 anos de reinado da rainha Elizabeth II, se converteu num ridículo desfile de déspotas do Oriente Médio, Ásia e África, além de figuras ornamentais europeias. O rei do Bahrein, Hamad bin Isa Al Khalifa, que massacrou o levante popular contra seu regime, com a ajuda de tropas sauditas, foi recebido por manifestantes na porta do palácio de Windsor com gritos de “assassino” e “ditador”. Diante do Palácio de Buckingham, o protesto: “impeçam o carniceiro do Bahrein de ir ao Jubileu de Diamante da rainha”.

A casa real do Kuwait foi representada pelo xeque Nasser Mohamad Al Sabah, ex-primeiro-ministro afastado em 2011 por corrupção e por protestos populares. O príncipe Mohamed Bin Nawaf Al Saud representou a monarquia saudita, uma das mais tenebrosas do planeta e que controla o país como se fosse uma propriedade particular. Da Suazilândia, onde não há constituição nem partidos políticos, veio o reizinho Mswatt III, que vive no luxo enquanto o povo passa fome. Também deu as caras o príncipe tailandês Maha Vajiralongkorn. A rainha Sofia, da Espanha, não veio por conta das divergências sobre a ocupação de Gibraltar pelos ingleses; o marido está fora de combate desde a caçada aos elefantes na África.

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