domingo, 20 de maio de 2012

CNI: alta do dólar ajuda, mas precisa subir mais




A valorização do dólar, cotado nesta quarta-feira a R$ 2,00, é positiva para o país e não trará reflexos inflacionários, afirmou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson de Andrade. Para ele, o ideal para a indústria seria se a taxa de câmbio estivesse entre R$ 2,40 e R$ 2,60, mas avalia que esse aumento já é suficiente para que haja uma recuperação da indústria. “O câmbio do dólar a R$ 2,00 melhorou a situação da economia, da indústria e do Brasil. Ele dará mais competitividade à indústria brasileira, que estava sufocada”, disse Andrade. “Já é suficiente para termos uma recuperação importante, mas se subir um pouco ficará ainda melhor”, acrescentou.

“Se você pegar os últimos cinco anos, o real se valorizou 50%, 49% acima da inflação. Então acho que essa desvalorização do real frente ao dólar traz mais competitividade à indústria brasileira, não só para a indústria, mas para a economia brasileira. E certamente não cria inflação”.

Conforme o empresário, não há risco nem de contaminação de preços por meio de insumos mais caros, importados ou cotados em dólares. “A indústria brasileira já trabalha com muitos insumos produzidos no Brasil. E as indústrias para produção de componentes, por exemplo, estavam fechando porque não estavam conseguindo competir com os produtos importados”.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, também manifestou opinião a favor da alta do dólar, e afirmou que, com a subida, a indústria estará mais competitiva para concorrer com importados que “chegavam ao mercado de forma indiscriminada”.

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