sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Entidades convocam manifestação no BC pela queda acelerada da taxa Selic


Na terça-feira (18), no primeiro dia da reunião do Copom, vai ser lançado o manifesto “Ocupe o Copom: Wall Street é aqui”, uma iniciativa dos sindicatos dos Metalúrgicos do ABC e de São Paulo, com assinatura de economistas, lideranças populares e entidades da indústria. “O Brasil é um caso único na história econômica de prática de taxa de juros reais de dois dígitos por 16 anos seguidos, de 1991 a 2006 (...) No final de 2008 (...) o Brasil agiu na contramão do mundo e manteve a taxa em 13,75% a.a.

 O BC só foi reduzir a taxa em janeiro, 4 meses depois da crise se abater sobre o mundo trazendo uma contração na produção industrial brasileira de mais de 20%. Um país como o Brasil, com urgente necessidade de crescer e se desenvolver, não pode se dar ao luxo de transferir enormes volumes de capital na forma de renda improdutiva (...) Cerca de 36% do Orçamento Geral da União são destinados ao pagamento de encargos da dívida, recursos estes que poderiam atender as enormes carências de infraestrutura, saúde, transporte, educação etc.”, diz trechos do documento divulgado pela Carta Maior.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) vão realizar manifestações em várias capitais, particularmente em Brasília, na porta do Banco Central, pela redução da taxa básica de juros, atualmente em 12%. Em termos reais (descontada a inflação), a taxa está em 6,3%, a maior do mundo.

As entidades estudantis decidiram realizar atos pela redução dos juros em todas as reuniões do Copom, até que a Selic caia para o nível da média mundial, de -0,9% (menos 0,9%) reais entre as 40 maiores economias. Na última reunião do Copom, em 31 de agosto, os estudantes foram às ruas de Brasília pela derrubada dos juros - além de reivindicarem mais verbas para educação.

A “Marcha dos Estudantes”, com 20 mil participantes, teve início em frente à sede do Banco Central, com uma lavagem simbólica com uma mangueira de um carro-pipa esguichando água na calçada da instituição. “O Banco Central está sujo, está fedendo, vamos lavar o Banco Central”, enfatizou o presidente da UNE, Daniel Iliescu. “Queremos um país da educação, do trabalho e da produção, não um país que todo mundo vem para especular e ganhar dinheiro”, frisou Iliescu, reivindicando a “redução imediata da taxa de juros do país”.

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