domingo, 22 de agosto de 2010

VAMOS MANTER A VALORIZAÇÃO DO MINIMO, DIZ DILMA A TRABALHISTAS

1.500 mulheres sindicalistas estiveram no encontro com a candidata. Representantes das centrais entregaram as reivindicações

Mais de 1.500 mulheres sindicalistas se reuniram na Casa de Portugal, em São Paulo, terça-feira, para receber a candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, e apresentar as reivindicações das mulheres trabalhadoras para os próximos quatro anos.

Antes da candidata chegar, os presidentes das centrais saudaram as mulheres presentes, destacando os avanços já conquistados pelos trabalhadores no governo Lula e a necessidade de aprofundar as mudanças e continuar avançando no projeto de desenvolvimento do país.

Com bandeiras tremulando e a palavra de ordem “Brasil, pra frente, com Dilma presidente!”, Dilma recebeu o documento assinado pelas representantes das seis centrais sindicais (CUT, CGTB, Força Sindical, CTB, Nova Central e UGT), que entregaram à ex-ministra a Agenda da Classe Trabalhadora e as Mulheres, com base na Agenda aprovada na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, realizada em junho no Pacaembu.

MÍNIMO

No documento, as mulheres reivindicam a materialização do acordo firmado entre as centrais sindicais e o governo de valorização do Salário Mínimo, através de um projeto de lei, e que seja mantido o “processo de valorização do salário mínimo no longo prazo até cumprir os preceitos constitucionais”.

Em seu discurso, Dilma lembrou que a política de valorização do salário mínimo foi uma medida do governo Lula que representou um marco na vida de milhões de trabalhadores. “O governo Lula, em seus oito anos de gestão, teve um compromisso com os trabalhadores. Passamos anos escutando que, para manter a inflação sobre controle, não podíamos aumentar o salário mínimo. Era mentira. No governo Lula isso foi provado, pois aumentamos o salário mínimo e mantivemos a inflação. Aumentamos o poder de compra do consumidor brasileiro. Fato que gerou o aquecimento da economia”, afirmou Dilma, que se comprometeu a manter a política de reajuste do salário mínimo adotada durante o governo Lula. Conforme a ex-ministra, essa política foi responsável, junto aos programas sociais, pelo aumento do mercado de consumo no país.

“Se tem uma coisa que podemos nos orgulhar é que esse governo fez a maior política de empregos nesse país ao criar 14 milhões de empregos, com carteira assinada, férias e 13º”, afirmou, ressaltando que, na época do Fernando Henrique, “o país vivia de bico. Se tem uma categoria nesse país que sabe o que é desemprego são as trabalhadoras desse país, que sofreram com o desemprego pesado no governo do FHC”, completou.

Além da valorização do salário mínimo, as sindicalistas também defenderam questões como a igualdade no salário para homens e mulheres na mesma função e políticas que visem atenção integral à saúde da mulher, entre outros pontos.

CRECHES

Dilma ressaltou a necessidade de projetos voltados especialmente para as mulheres, como o investimento em creches: “As creches têm sempre que ter dois significados: dar segurança para a gente trabalhar. A mulher tem que ter certeza que seu filho está bem cuidado e atendido. E tem outro motivo. É na infância que está a raiz maior da desigualdade. Uma criança que nasce com condições para ser estimulada porque tem acesso a estímulos culturais e educacionais chega na escola em melhores condições que as que não tem acesso a isso, afirmou garantindo garantiu a abertura de 6 mil vagas em creches públicas.

No final do discurso, Dilma conclamou: “Quero ser eleita a primeira presidente mulher deste país, mas preciso da ajuda de vocês para mudar essa situação de discriminação e desigualdades enfrentadas pelas mulheres”.

A Agenda da Classe Trabalhadora e as Mulheres foi entregue pelas representantes das centrais Rosane Silva, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT; Maria Pimentel, secretária de Relações Internacionais da CGTB; Celina Áreas, secretária da Mulher Trabalhadora em exercício da CTB; Maria Auxiliadora, secretária da Mulher Trabalhadora da Força Sindical, Sônia Zerino, secretária de Assuntos da Mulher e da Juventude da Nova Central; e Cássia Buffeli Macari, a coordenadora do coletivo de Gênero da UGT.
HP

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