O primeiro programa de José Serra no horário eleitoral da TV, iniciado na terça-feira (17), voltou a insistir nas farsas espalhadas pelo tucano desde que se tornou candidato. Logo de saída, tentou apresentar-se como candidato da situação – e não de oposição – com um jingle que diz “depois do Lula quero o Serra lá (na presidência)”. Até uma falsa favela , montada em estúdio, serviu de cenário – onde o candidato foi exibido ao lado de pessoas supostamente atendidas por políticas que diz defender.
Fingindo-se de bom moço e de origem modesta - só faltou dizer que vive igual a São Francisco de Assis naquele barraco no Alto de Pinheiros - ele repetiu as falsidades, que já foram amplamente desmentidas. Entre elas, que teria sido o criador do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). O FAT foi criado pelo Projeto de Lei nº 991, de 1988, de autoria do deputado Jorge Uequed (PMDB-RS). Ele disse ainda que foi responsável ou criou os programas da AIDS e o de medicamentos genéricos, o que também não é verdade. Os programas já existiam quando entrou no ministro da Saúde.
O programa apresenta o candidato como economista, mas Serra não tem formação universitária em ciências econômicas e tampouco registro profissional nos Conselhos de Economia. Além disso, o candidato alega que foi “o melhor ministro da saúde” da história do Brasil. Tão bom que até o aedes aegypti, o mosquito da dengue e da febre amarela, empolgou-se com o ministro e proliferou no país, depois de ter sido erradicado do ambiente urbano pelo Dr. Oswaldo Cruz.
Até a cantora Elba Ramalho, que o apoiou na eleição de 2002, sentiu-se no dever de esclarecer rapidamente, em nota, que não é ela quem canta uma versão da música “Bate Coração”, veiculada no programa.
HP
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