sábado, 7 de agosto de 2010

HIROSHIMA: A BARBÁRIE ATÔMICA DOS EUA A HUMANIDADE

O dia 6 de agosto de 1945 mal amanhecia quando o primeiro artefato nuclear lançado contra uma cidade atingia a cidade de Hiroshima.

Três dias depois uma nova bomba foi arremessada sobre Nagasaki. Os EUA foi o único país no mundo a agredir populações com o uso de bombas atômicas

Há 65 anos, no dia 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançaram sobre a cidade japonesa de Hiroshima um bárbaro ataque nuclear. Três dias depois repetiram a bar-bárie sobre outra cidade, Nagasaki, tornando-se o único país a usar a bomba atômica – não uma, mas duas vezes - não contra alvos de guerra, mas sobre populações civis.

Não tinham nenhuma justificação militar. A Alemanha já havia se rendido - em 7 de maio de 1945 -, o exército japonês estava derrotado, a marinha e a força aérea do país tinham praticamente deixado de existir como força operacional.

Os ataques foram ordenados pelo então presidente norte-americano, Harry Truman, ao fim da 2º Guerra Mundial. No dia 1 de julho de 1945, em meio a Conferência de Pots-dam, os Estados Unidos iniciaram as ameaças nucleares com a realização do primeiro teste. A política externa de busca de entendimento e cooperação com a URSS, que inclusive levara o presidente Roosevelt a se unir a Josef Stalin na guerra contra os nazistas, cedeu rapidamente lugar ao intervencionismo e à inauguração da chantagem nuclear, hoje tão em voga.

A bomba atômica lançada sobre Hiroshima em 1945 destruiu cerca de 60% da área total da cidade, e em poucos segundos matou 140 mil pessoas, civis na totalidade: homens trabalhadores, crianças, mulheres e idosos. Estima-se que o número de mortos duplicou durante os meses seguintes, com os sobreviventes sucumbindo aos ferimentos, queimaduras, mutilações e doenças provocadas pela radiação.

Prédios, casas, hospitais, escolas e vegetação desapareceram no instante em que a bomba explodiu. Num raio de dois quilômetros do epicentro da explosão tudo foi des-truído. Ainda hoje, as seqüelas da contaminação radioativa fazem milhares de vítimas. No Memorial de Hiroshima, se inscrevem novos nomes de falecidos a cada ano e o número total já se aproxima de um milhão.

O ataque sobre a cidade de Nagasaki assassinou mais 70 mil pessoas no primeiro momento. Essa segunda bomba era maior e mais potente e só teve efeito menos devastador pela topografia montanhosa da cidade. Nos dois casos, a maioria das vítimas morreu derretida ou queimada instantaneamente.

As ameaças de Truman se intensificaram cada vez mais: “Se eles não aceitam os nossos termos, podem esperar uma chuva de ruína vinda do ar nunca antes vista nesta terra”.

A essa barbárie contra a Humanidade seguiu-se dentro dos Estados Unidos uma guinada fascista. Primeiro, os principais

colaboradores de Roosevelt foram sendo afastados das posições que ocupavam no governo, depois iniciou-se um processo de perseguições contra o movimento sindical e a intelectua-lidade democrática, o fa-migerado macartismo.

Na política externa as intenções criminosas prosseguiram, então, contra a União Soviética, e o mesmo comando militar que perpetrou o crime hediondo no Japão planejou lançar nada menos de 300 bombas sobre a URSS. Em 1949 o governo dos EUA aprovou o plano “Dropshot”, que previa o despejo de 300 bombas atômicas e 250 mil toneladas de bombas convencionais sobre Moscou, Leningrado, os Urais, o Mar Negro, o Cáucaso, Ar-khangelsk, Tashkent, Alma Ata, Baiakl e Vladivostok. Somente sobre a região do Mar Negro seriam despejadas 32 bombas atômicas. O plano não foi efetivado porque nem assim os generais ianques conseguiram garantir “vitória” sobre o exército soviético.

Os EUA é o país que possui mais armas nucleares no mundo em condições operacionais, com milhares de ogivas no seu próprio território e outras milhares espalhadas por suas bases no exterior, nos seus porta-aviões e submarinos nucleares. Além disso seguem com a construção permanente de armas mais sofisticadas e perigosas, com o objetivo de fazer com que os outros países, os povos independentes se submetam pelo terror. Ao mesmo tempo pressionam com cinismo todos os governos que busquem desenvolver projetos de acesso soberano à energia nuclear.

Em recente edição, a insuspeita revista News-week informou que “O arsenal nuclear dos Estados Unidos inclui 5.400 ogivas nucleares armadas em mísseis balísticos intercontinentais em terra e mar; outras 1.750 bombas nucleares e mísseis cruzeiros prontos para ser lançados desde aviões B-2 e B-52; adicionalmente têm 1.670 armas nucleares classificadas como ‘táticas’.

E, ainda, mais ou menos 10.000 ogivas nucleares em bunkers por todo o país como ‘contrapeso’ a qualquer surpresa”. Isto nas mãos de quem não hesitou em lançar seus artefatos contra centenas de milhares de seres humanos.
HP

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