quarta-feira, 24 de junho de 2009

Cronologia da agressão à Coreia Popular

Vejamos o desenvolvimento cronológico dos fatos acima citados:
A RPDC retornou às negociações em 11 de junho de 1993. Estas incluíam o compromisso dos EUA de não ameaçarem a RPDC com o uso de bombas nucleares. Elas avançam com a eleição de Bill Clinton que assina acordo no qual os EUA se comprometem a enviar petróleo combustível e reatores nucleares de água leve, cujo combustível não é utilizável para a produção de bombas, para suprir energia à Coreia em substituição ao fechamento de seus reatores.
A RPDC inicia o desmonte de seus reatores, mas os EUA não cumprem sua parte no acordo, situação que se agrava com a posse de W. Bush, que inicia uma cruzada por sanções e intensifica exercícios militares na fronteira entre as Coréias.
Em agosto de 2002, mesmo diante das hostilidades, a RPDC declara que “caso demonstrem a vontade de abrir mão de sua política hostil a RPDC irá ao diálogo, a bola está no campo dos EUA”. São declarações proferidas mesmo depois de Bush ter incluído o país no seu rol de integrantes do “eixo do mal” (janeiro de 2002).
Diante da recusa do governo dos EUA de entregar o petróleo acordado em troca do fechamento de seus reatores, a RPDC anuncia que retomará a atividade dos mesmos para a produção de energia elétrica. É o bastante para a Agência Internacional de Energia Atômica tirar resoluções “deplorando” o país, o que é utilizado para aumentar a pressão sobre a RPDC e aliciamento de outros países – por parte dos EUA – para tentar gerar o estrangulamento econômico da Coréia Popular.
Finalmente, em 10 de janeiro de 2003 a RPDC anuncia mais uma vez sua retirada do TNP e efetiva a saída no dia seguinte, 11 de janeiro. Como vimos, a RPDC afirma que cumpriu o prazo requerido de 90 dias (89 + 1).
O Conselho de Segurança desconhece o direito da RPDC de considerar o prazo regular tomando a soma dos dois momentos em que solicitou seu desligamento do tratado, mesmo diante do fato de que as ameaças, provocações, exercícios militares não só continuaram – apesar de todos os esforços da Coréia Popular para o diálogo – como recrudesceram no período que vai de um a outro pedido de afastamento.
As declarações da RPDC, ao se retirar do TNP em 2003, deixam claro a justeza de sua decisão: “Os Estados Unidos violaram de forma sistemática o acordo RPDC-EUA, criaram outra ‘suspeita nuclear’ para deter o suprimento de petróleo, reduzindo o acordo com a RPDC a letra morta. OS EUA também responderam à proposta sincera da RPDC de conclusão do tratado de não-agressão e a seus pacientes esforços por negociações com ameaças tais como ‘bloqueio’ e ‘punição militar’, tornando-as impossíveis.
A retirada do tratado é uma medida legítima de autodefesa contra o movimento dos EUA para agredir a RPDC e o comportamento injustificado da AIEA que segue a orientação norte-americana”.
Além do mais, basear os hostis artigos da citada resolução – verdadeira declaração de guerra – em uma discussão bizantina sobre cumprimento de prazos por parte de um país sob crescente ameaça da maior potência militar e nuclear do mundo só demonstra a hostilidade contra o comportamento de uma nação territorialmente pequena, mas grande em sua determinação de garantir sua soberania. .

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