sábado, 11 de outubro de 2008

Ruiu a arquitetura financeira que queria fazer do mundo um cassino, diz Chávez
“Está ruindo a arquitetura financeira, que considerou o mundo como um cassino”, afirmou o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, durante a abertura da “Conferência Internacional: Respostas do Sul à Crise Econômica”, na última quarta-feira em Caracas. Chávez enfatizou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) deveria “dissolver-se e desaparecer do mundo”.
O presidente venezuelano destacou que “as grandes cadeias e diários internacionais pretendem esconder as verdadeiras causas da atual crise mundial”. “As bases do capitalismo estão estremecidas, é um sistema insustentável e os povos do mundo não o suportarão mais”, afirmou.
Chávez ressaltou que o comparou a situação do neoliberalismo à de um foguete que perdeu a sua força e iniciou o seu declínio. “Assim imagino, porque o primeiro que entra em crise é neoliberalismo, a ‘aldeia global’. Entretanto, nas profundezas, estão estre-mecidas as bases capitalistas mundiais é isso que pretendem esconder”, destacou.
Chávez enfatizou que a América Latina deve acabar com as divisões impostas pelo imperialismo que determinam que os países devem se limitar à produção de matéria-prima. “A tarefa da Venezuela era produzir petróleo cada vez mais barato, para abastecer a voracidade do imperialismo”, exemplificou.
O líder venezuelano destacou que a crise traz novas oportunidades aos países da América Latina e que afortunadamente começara a “despertar a força de gigantes que têm governos com planos alternativos”. “A configuração geopolítica da Venezuela, Argentina, Brasil, Bolívia, Equador, Nicarágua, Paraguai, Honduras, deste conjunto de países, de líderes, e atrás deles, estão os povos”, afirmou.
Chávez sugeriu o desmantelamento das instituições de crédito a serviço de Washington como o FMI, que pretendem apresentar-se como entidades salvadoras e na realidade são as culpadas das irregularidades que sacodem o mundo.
Chávez indagou o que haveria ocorrido na região se houvesse instalado “o mecanismo colonial e imperialista da ALCA (Área de Livre Comércio da América)”. “Felizmente, de maneira conjunta, criamos uma série de relações internacionais que não existiam”, afirmou. “Menos mal que na América Latina não exista a ALCA e menos mal que nasçam iniciativas como o Banco do Sul”, ressaltou.
A conferência internacional “Respostas do Sul à Crise Econômica” reuniu em Caracas, especialistas da Argentina, México, Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Chile, Cuba, Equador, Egito, Espanha, Estados Unidos, entre outros países.

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