segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O vergonhoso apoio de Marina a Aécio


Depois de muita marola e com a mídia já em estado de estresse total, desesperada com o vexame que sofria porque anunciava há uma semana e o apoio não vinha, a candidata derrotada do PSB ao Planalto, ex-senadora Marina Silva, anunciou finalmente seu apoio ao candidato do PSDB-DEM, senador Aécio Neves (PSDB-MG).

O vergonhoso desse apoio de Marina é que ela, apesar de ter se comprometido com seu eleitor a não subir no palanque dos tucanos em hipótese alguma, agora não se limitou  apenas a apoiar, fez mais: deu a escada para Aécio se apresentar como candidato do social, o que é uma definição tão falsa como ela mesma (Marina) que se apresentou como candidata da “nova política” e agora diz que ela e o candidato tucano são a “nova política”.
Seria uma piada, não fosse trágico, um engodo e uma farsa. E tudo por que e para que? Por ódio ao PT, pelo ódio que Aécio e a campanha tucana cada vez mais estimulam contra o partido. Tudo com um único objetivo: tirar o PT do governo. Ao aderir Marina releva tudo.
Divulgou que estabelecia exigências, mas abriu mão de tudo para apoiar
Na fase de negociações durante toda a semana passada, chegou a deixar seus coordenadores de campanha fazerem correr a versão de que uma de suas exigências era que Aécio abrisse mão de uma das principais bandeiras da direita nas últimas décadas, a redução da maioridades penal.
Aécio não abriu mão da defesa dessa proposta porque ela tramita no Congresso em projeto apresentado por seu companheiro candidato a vice-presidente, senador Aloysio Nunes Ferreira Filho (PSDB-SP). E porque José Serra, tucano eleito senador por São Paulo já anunciou que não quer saber dessa proposta de Aloysio e vai apresentar, ele próprio, um projeto de redução da maioridade penal.
Tudo, então, ficou como dantes, mas para aderir à candidatura tucana, Marina abriu mão dessa questão, mais de uma série de outras propostas divulgadas como condição que impunha a Aécio para apoiá-lo e vem agora com uma justificativa pífia: “Obviamente quando se faz alianças, se faz com diferentes, sem prejuízo de continuar defendendo nossas propostas”.
Marina aderiu a um candidato sem programa e sem rumo para o Brasil
Foi um vale tudo. Marina aderiu a um candidato sem programa de governo e sem rumo para o Brasil (justo ela que tanto cobrou programa dos adversários). Essa é a verdade desse apoio nesse 2º turno da eleição.
Os argumentos deles, de Marina e de Aécio, inclusive são desmentidos pela realidade, pelos fatos. A presidenta Dilma tem seu governo avaliado como ótimo e bom por 39% dos brasileiros e regular por 38% da população. Ela obteve 42% dos votos no 1º turno e hoje está empatada com Aécio.  Assim, a presidenta Dilma, sim, é vista como a candidata capaz de mudar.
Então, nem a maioria do país identifica o tucano como o candidato das mudanças. Muito menos essa maioria quer a volta dos tucanos. Rejeita-os, rechaça-os com força total como demonstram os números. Ninguém quer a volta dos mesmos tucanos com as mesmas ideias… E pior do que isso, escondendo suas ideias.
Por isso é imperdoável que a ex-senadora Marina Silva tenha se prestado a esse papel de ser fiadora de um cheque sem fundos, fiadora de um Aécio que se apresenta como o candidato dos pobres, do social, como o representante da “nova política”.
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