terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Economistas que causaram desastres no Brasil retomam discurso desmoralizado



Publicado em 03-Dez-2012
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A direita brasileira e alguns veículos da imprensa começam a ensaiar um discurso em defesa da adoção de medidas de austeridade no Brasil – como países da Europa vêm fazendo. É a mesma ladainha já repisada tantas outra vezes por aqui: corte de gastos, reforma trabalhista e previdenciária, menos intervenção do Estado (mas para salvar bancos e algumas empresas, pode) etc.


Tudo isso só para dar garantias aos credores internacionais e nacionais; só para aprovar leis que garantam o capital financeiro.


É um discurso desmoralizado no mundo – basta ver os efeitos de tal política econômica em países como a Espanha e a Grécia –, mas que aqui encontra eco na grande imprensa e ressuscita economistas responsáveis por desastres sem proporções. Entre esses desastres, está o câmbio fixo, que dobrou nossa dívida interna, ainda hoje um dos principais problemas do país.

Economistas que também aumentaram a carga tributária em sete pontos porcentuais na era FHC, apesar da venda na privataria de US$ 100 bilhões de patrimônio publico que valia pelo menos cinco vezes mais...

Esses economistas são os mesmos que adoravam os juros altos e chegaram a pagar 27,5% de juros reais durante quase três anos. E agora voltam com as mesmas propostas sob o pretexto de aumentar investimentos, desconhecendo a crise mundial, seus efeitos no Brasil e todas as medidas adotadas pelo governo para evitar o pior: uma recessão com inflação, desemprego, paralisia nos avanços na infraestrutura, na educação e na inovação.

Parecem desconhecer a redução dos custos tributários, os R$ 45 bilhões de desonerações fiscais, a queda de 5,25 pontos da taxa Selic, a primeira redução dos spreads bancários após várias décadas, as medidas para diminuir as tarifas da energia e todas as ações para estimular a economia e aumentar o investimento público.

Isso sem falar que a oposição bloqueia a reforma tributária, assim como a política, que, junto com a renegociação dos royalties e da dívida dos Estados, podem reduzir em muito os custos da economia, aumentar os investimentos e descentralizar a prestação dos serviços públicos de saúde, educação, saneamento, segurança e justiça – os que realmente interessam ao povo.

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