quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Pezão quer proteção do Exército enquanto ataca direitos do povo


Atraso nos salários e 13º de policiais aumentou a indignação contra a quadrilha de Pezão, Picciani, Cabral e Temer. Inclusive na Tropa de Choque da PM
Com os salários dos servidores atrasados e um caos político instaurado, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), quer empurrar as Forças Armadas contra a população que se revolta frente ao pacotaço de ataques aos direitor dos trabalhadores em votação na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
O Estado do Rio de Janeiro, é segundo maior em PIB do país, está sendo devastado pela quadrilha do ex-governador, Sérgio Cabral Filho (PMDB), que já está preso em Bangu. Seus comparsas Jorge Picciani e Luiz Fernando Pezão, também do PMDB e também implicados na Lava Jato, estão empenhados em aprovar o pacote acordado com Meirelles e Temer o quanto antes. Como não contam com apoio popular e nem da própria polícia, o governo quer que o Exército fique no fogo cruzado. Pezão já está cassado por receber propina, mas aguarda no cargo até a sentença ser confirmada.
A insatisfação com o pacote de esbulho de Pezão, Temer e Meirelles aumenta a cada dia. O aumento da contribuição para a Previdência de 11% para 22%, com o único objetivo de drenar mais recursos dos servidores, a redução de jornada com redução de salário, além da privatização da estatal Cedae transformou a Alerj numa praça de batalhas de trabalhadores contra a bandalheira de Pezão.
A indignação com a política de ajuste tem crescido nos principais setores da policia militar, inclusive no Batalhão da Tropa de Choque. E, bastou um boato de que o Choque passaria para o lado dos trabalhadores para que o governo solicitasse a presença das Forças Armadas no Rio de Janeiro.
Ao contrário do que diz Pezão, a tensão na polícia têm crescido. Não foi por outra razão que Temer enviou tropas do Exército para atuar na região metropolitana do Rio. O pedido partiu de Pezão e ao todo serão 9 mil militares da Marinha e do Exército, que deverão patrulhar a Alerj e os principais bairros e rodovias do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo.
As Forças Armadas não são preparadas para atuar nesse tipo de operações de manutenção da ordem pública, nem mesmo possuem esta função. O treinamento recebido pelos soldados do Exército tem outras finalidades, eles são instruídos para a guerra, não para manter a segurança. Muitas tragédias podem decorrer desta decisão.
Diante o tamanho das mobilizações populares o governo recuou e adiou a votação para as vésperas do Carnaval, na segunda-feira (20). O decrépito Picciani, que preside a Alerj há doze anos, tenta a qualquer custo aprovar o pacote de seus comparsas.
A Alerj tinha previsto no último dia 9, o início da discussão da privatização da Cedae, mas a seção foi interrompida, pois centenas de funcionários públicos estaduais fizeram um protesto em frente à Casa. Houve confronto entre os manifestantes e a Força Nacional de Segurança, e as principais ruas do Centro do Rio precisaram ser fechadas, assim como o comércio e sistema de transportes.
Nos dias seguintes familiares de PMs do Rio fizeram protestos em portas de muitos batalhões, para protestar por melhoria nas condições de trabalho, pelo pagamento do 13º e pelo regime adicional de serviço (RAS).
A lambança e roubalheira dos governos Cabral e Pezão fizeram com que a maioria dos servidores do estado do Rio de Janeiro esteja recebendo seus salários atrasados. Este mês a maioria dos funcionários está sem previsão de quando o dinheiro vai cair na conta, e não há previsão para pagar o décimo terceiro. Com isso o governo se aproveita para tencionar pela aprovação do pacote. A Secretaria de Fazenda, por exemplo, afirmou que só vai pôr os pagamentos em dia quando forem aprovadas as medidas previstas no acordo com o governo federal.
PEZÃO
Na última quarta-feira (15), o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) manteve a decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, de bloquear bens do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Em decisão única o ministro do STJ, Sergio Kukina, indeferiu o recurso especial do governador que buscava reverter a decisão liminar do bloqueio.
O governador é acusado na ação, proposta pelo Ministério Público Federal, de improbidade administrativa. O STF não divulgou em quanto são avaliados os bens bloqueados. A ação apura atos de improbidade praticados pelo governador quando ele ocupava o cargo de prefeito de Piraí, entre 1997 e 2001.
Pezão também está envolvido até o pescoço na Operação Calculite, um braço da Lava Jato. Segundo relatório da Polícia Federal, foram constatados “elementos probatórios que vinculam o governador atual do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando de Souza  [Pezão]  no possível esquema de recebimento de propina de um dos operadores financeiros do ex-governador Sérgio Cabral, também preso na operação Calicute
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