sábado, 11 de abril de 2009

Rússia: ameaça dos EUA contra satélite da RPDC éapenas hipocrisia e cinismo


“Quando alguns países dizem que o lançamento de um foguete pela Coréia do Norte é uma ameaça contra sua segurança, esse ponto de vista reflete hipocrisia e cinismo”, afirmou o chefe-adjunto do Estado Maior Geral das Forças Armadas russas, Anatoli Nogovitsin, respondendo aos Estados Unidos, Japão e Coréia do Sul, que assinalam que a colocação em órbita de um satélite de comunicações pela República Popular Democrática da Coréia (RPDC), programada para os próximos dias, violaria a resolução 1718 do Conselho de Segurança da ONU, porque se acionaria um míssil balístico de longo alcance.
“Qual é o critério que permite que uns possam fazer coisas que outros não podem?”, questionou o oficial em declarações à rádio Eco de Moscou, sublinhando que existe semelhança com a propaganda contra o projeto coreano de uso da energia nuclear para contribuir com o desenvolvimento do país. “Na França, por exemplo, 80% da eletricidade é gerado em instalações núcleo-energéticas. Por que outros estados não podem fazer o mesmo?”, disse o militar.
O general acrescentou que a Federação russa possui tecnologia e equipamentos para monitorar o espaço extraterrestre. “Nada do que é ou será lançado fica oculto. E da mesma maneira que nós, os EUA têm as mesmas capacidades técnicas. Só podemos pensar então que essa atitude de lançar suspeitas é hipócrita”, analisou.Sob a base dessa justificação, o Pentágono mobilizou para a península coreana pelo menos cinco unidades navais armadas com foguetes interceptores. O Japão botou na região ainda três navios do tipo Aegis e ordenou a suas tropas apontar suas baterias de mísseis Patriot-3 em direção ao nordeste do arquipélago, território que avaliam será sobrevoado pelo satélite da RPDC.O jornal Rodong Sinmun, órgão do Partido do Trabalho da Coréia, afirmou em sua edição de domingo passado, que alguns países têm posto em órbita milhares de satélites, mas o tema nunca foi discutido nas Nações Unidas
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