sábado, 11 de abril de 2009

Posição soberana do Brasil sobre Coréia Popular na ONUdeixa a Folha inconformada
Terminou no último dia 27 de março a reunião do Conselho dos Direitos Humanos da ONU em Genebra, na qual o Brasil se absteve em votação de um texto condenando a RPDC por violação aos direitos Humanos.
Em matéria publicada no dia 27 de março sobre a questão, a Folha de S. Paulo, o mesmo jornal que há dias foi alvo de protestos em frente a sua sede por referir-se aos anos de chumbo da ditadura no Brasil como “Ditabranda”, referiu-se à Coréia Popular como “ditadura asiática” e, em tom de lamentação, afirmou que “o texto foi adotado sem o endosso do Brasil” apesar das fortes pressões do governo do Japão em Brasília e em Genebra para que o Brasil apoiasse o texto da resolução contra a RPDC. O Itamaraty declarou “ser mais produtivo buscar o diálogo que o confronto”.
Segundo o jornal paulista, “a decisão do governo brasileiro de não condenar regimes acusados de ‘violações graves’ dos direitos humanos como o Sudão, o Congo e a RPDC é alvo de críticas dos defensores dos direitos humanos”, provavelmente EUA, Japão, Israel, e seus seguidores em certos jornais, que não admitem a autonomia e independência da política externa brasileira.
Além disso, o jornal repete os relatórios da CIA contra a Coréia Popular, ecoa a histeria do governo japonês contra o Brasil e o desespero do governo reacionário sul-coreano contra o crescimento do apoio popular no sul da Coréia à política de reunificação defendida pela RPDC.
Talvez a “Folha” ficasse mais contente se o embaixador japonês não saísse da reunião tão “decepcionado com o Brasil”. “Tivemos intensos contatos com o governo brasileiro aqui e em Brasília, mas de nada adiantou”, afirmou o embaixador do Japão no Brasil, Sumi Shigeko.
Durante os quase cem anos em que os militaristas do Japão ocuparam o território coreano, promoveram muitas “bondades”: fizeram de 200 mil coreanas escravas sexuais, proibiram o ensino do idioma coreano nas escolas coreanas e fizeram da Coréia o grande fornecedor de matérias-primas ao Japão a custo zero. São mais do que conhecidas as atrocidades e crimes cometidos pelas tropas japonesas na Coréia e na Manchúria chinesa durante a II Guerra. Mas a Coréia Popular que se libertou do colonialismo japonês e é hoje um país independente e próspero, uma autêntica democracia popular, onde buscar o bem estar de todos é tarefa do Estado.
O atual governo japonês, saudoso dos áureos tempos da ocupação e do ganho fácil a custa do suor e da vida do povo coreano, inutilmente esperneia, com o apoio dos EUA, que até hoje continua ocupando o sul da Coréia, e da Folha.
Na matéria citada, o jornal reclamou também que na reunião do dia 27, “na mesma sessão, foram votadas cinco resoluções ligadas ao conflito israelo-palestino, algumas com fortes críticas a Israel. O Brasil votou a favor de todas elas, que foram aprovadas por quase unanimidade.”
Também no Brasil as coisas mudaram e não vivemos mais os tempos de ditadura que a Folha cunhou “ditabranda”.
O Brasil é um país democrático que constrói, a custa do trabalho de seu povo, liderado pelo Presidente Lula, seu desenvolvimento, sua soberania e sua política externa autônoma.
É bom se conformar com isso.
ROSANITA CAMPOS

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