sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Por que a Globo é contra o governo venezuelano

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21/02/2014




Noto, nas redes sociais, revolta contra a maneira como a Globo vem cobrindo a crise na Venezuela.



Paulo Nogueira
A Globo ataca, ataca e ainda ataca o governo eleito.

Não existe razão para surpresa. Inimaginável seria a Globo apoiar qualquer tipo de causa popular.

O problema começou com Chávez.

Chávez e Globo tinham um história de beligerância explícita. Ambos defendem interesses antagônicos.

Se estivéssemos na França de 1789, a Globo defenderia a Bastilha e Chávez seria um jacobino. Em vez de recitar Bolívar, ele repetiria Rousseau.

Chávez cometeu um crime mortal para a Globo: não renovou a concessão de uma emissora que tramara sua queda. Veja: um grupo empresarial usara algo que ganhara do Estado — a concessão para um canal de tevê — para tentar derrubar o presidente que o povo elegera. Chávez fez o que tinha que fazer. E o que ele fez é o maior pesadelo das Organizações Globo: a ruptura da concessão.

Há uma cena clássica que registra a hostilidade entre Chávez e a Globo. Foi, felizmente, registrada pelas câmaras. É um documento histórico. Você pode vê-la no pé deste artigo.

Chávez está dando uma coletiva, e um repórter ganha a palavra para uma pergunta. É um brasileiro, e trabalha na Globo. Fala num espanhol decente, e depois de se apresentar interroga Chávez sobre supostas agressões à liberdade de expressão.

Toca, especificamente, numa multa aplicada a um jornalista pela justiça venezuelana.

Chávez ouve pacientemente. No meio da longa questão, ele indaga se o jornalista já concluiu a pergunta. E depois diz: “Sei que você veio aqui com uma missão e, se não a cumprir, vai ser demitido. Não adianta eu sugerir a você que visite determinados lugares ou fale com certas pessoas, porque você vai ter que fazer o que esperam que você faça.”

Quem conhece os bastidores do jornalismo sabe que quando um repórter da Globo vai para a Venezuela a pauta já está pronta. É só preencher os brancos. Não existe uma genuína investigação. A condenação da reportagem já está estabelecida antes que a pauta seja passada ao repórter.

Lamento se isso desilude os ingênuos que acreditam em objetividade jornalística brasileira, mas a vida é o que é. Na BBC, o repórter poderia de fato narrar o que viu. Na Globo, vai confirmar o que o seu chefe lhe disse. É uma viagem, a rigor, inútil: serve apenas para chancelar, aspas, a paulada que será dada.

“Como cidadão latino-americano, você é bem-vindo”, diz Chávez ao repórter da Globo. “Como representante da Globo, não.”

Chávez lembrou coisas óbvias: o quanto a Globo esteve envolvida em coisas nocivas ao povo brasileiro, como a derrubada de João Goulart e a instalação de uma ditadura militar em 1964.

Essa ditadura, patrocinada pela Globo, tornou o Brasil um dos campeões mundiais em iniquidade social. Conquistas trabalhistas foram pilhadas, como a estabilidade no emprego, e os trabalhadores ficaram impedidos de reagir porque foi proibida pelos ditadores sua única arma – a greve.

Não vou falar na destruição do ensino público de qualidade pela ditadura, uma obra que ceifou uma das mais eficientes escadas de mobilidade social. Também não vou falar nas torturas e assassinatos dos que se insurgiram contra o golpe.

Chávez, na coletiva, acusou a Globo de servir aos interesses americanos.

Aí tenho para mim que ele errou parcialmente.

A Globo, ao longo de sua história, colocou sempre à frente não os interesses americanos – mas os seus próprios, confundidos, na retórica, com o interesse público, aspas.

Tem sido bem sucedida nisso.

O Brasil tem milhões de favelados, milhões de pessoas atiradas na pobreza porque lhes foi negado ensino digno, milhões de crianças nascidas e crescidas sem coisas como água encanada.

Mas a família Marinho, antes com Roberto Marinho e agora com seus três filhos, está no topo da lista de bilionários do Brasil.

Roberto Marinho se dizia “condenado ao sucesso”. O que ele não disse é que para que isso ocorresse uma quantidade vergonhosa de brasileiros seria condenada à miséria.

CEDAE pública com dignidade para os trabalhadores



Ubirajara Gomes
(Birinha)
Ex-Presidente do SINTSAMA(Sindicato dos Trabalhadores da CEDAE)

Em 2006, em campanha para o Governo do estado do Rio de Janeiro, os trabalhadores promoveram em apoio à Sergio Cabral um grande abraço ao prédio sede da CEDAE, localizado à época na rua Sacadura Cabral. O ato tinha a simbologia de tornar público o compromisso do candidato com a não privatização da Cia.

Governos anteriores assumiram o mesmo compromisso, como foi o caso de Marcello Alencar que, reunido com trabalhadores na ASEAC, prometeu que não privatizaria a Cia. No entanto assim, que eleito, foram entregues os equipamentos e o patrimônio da Cedae em Niterói, Campos e região dos lagos.

Na verdade estamos longe de ter uma empresa ideal, tanto para a população quanto para seus trabalhadores, apesar dos muitos milhões já aplicados em investimentos nos últimos anos, inclusive com recursos do FECAN.

Esperamos que com a saída dos privatistas do PT, o Governo Cabral/ Pezão enverede por caminhos auspiciosos.  PEZÃO é filho de trabalhadores e conhece bem o que representa para estes a privatização, pois vivenciou de perto o drama dos trabalhadores da Light na região de Piraí, quando aquela empresa foi entregue ao capital privado.

Como Prefeito de Piraí, Pezão manteve todos os serviços públicos no município; não defendeu a privatização dos serviços de saneamento prestados pela Cedae em sua cidade e manteve a coerência com o seu histórico de homem público, sempre ao lado das lutas dos trabalhadores.

Esperamos que Pezão , como governante, acorde aqueles que, deitados em berço esplêndido, ignoram às lutas dos trabalhadores e retome o compromisso assumido com a categoria Cedaeana.

Os PRIVATISTAS, como sabemos, estão no PT, que acaba de abandonar o Governo.

Quando Jorge Mario, Prefeito de Teresópolis, eleito pelo PT e cassado pela população, intentou privatizar a Cedae naquela cidade, os trabalhadores reagiram.  Washington Quaquá, Prefeito de Maricá, também tentou privatizar a Cedae em sua cidade, e hoje, Presidente do PT RJ, apoia a candidatura do privatista Lindbergh Faria para Governador.

Paraty, entregue à um Prefeito do PT, Carlos José Gama Miranda (Casé), também privatizou os serviços, ao Grupo Águas do Brasil se rendendo aos interesses do capital financeiro. Paraty recentemente passou pelo mesmo processo vergonhoso, mais uma vez conduzido por um Prefeito do PT.

 A Cedae ideal para os trabalhadores não é apenas pública, mas também eficiente. Queremos uma Cedae forte, com concurso publico, com a isonomia para os trabalhadores, como PCCS justo e perdas Salariais repostas.



Venezuela: um filho das elites prega abertamente o golpe




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Ligado à oligarquia e petroleira, criticado até mesmo pela oposição conservadora, Leopoldo Lopez quer depor a qualquer custo governo eleito democraticamente …

Por Rodrigo Vianna, em seu blog

O perfil é o de um típico mauricinho do Leblon. Ou dos Jardins. Um coxinha – como se costuma dizer agora. Só que um coxinha perigoso. Leopoldo Lopez é criticado até por setores da oposição – por ter decidido sozinho chamar os jovens às ruas pra derrubar o governo eleito da Venezuela. Hemrique Capriles, o outro líder da oposição, quer usar as ferramentas legais para derrotar o chavismo. Lopez quer o golpe.
Ele teve prisão decretada. Os EUA pressionam para que não seja detido. Por que? Lopez é apontado como homem de confiança, na Venezuela, do ex-presidente colombiano Alvaro Uribe – de extrema-direita.

Quando se diz que a elite venezuelana não aceita o que Chavez fez, tirando a estatal petroleira (PDVSA) das mãos de famílias que usavam a estatal como propriedade privada, a definição cai como uma luva para Leopoldo Lopez“Ex-prefeito do munícipio de Chacao (2000-2008), López, de 43 anos, vem de uma das famílias da elite venezuelana, ligada ao setor industrial e petroleiro.”

A definição acima está em reportagem produzida não por algum jornal chavista, mas pela site da inglesa BBC. Confira a seguir
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por Claudia Jardim, na BBC Brasil

Popular, carismático, imprevisível, arrogante e sedento de poder. Essas são algumas das características que analistas e líderes políticos costumam usar para definir Leopoldo López, o mais novo inimigo público do governo venezuelano de Nicolás Maduro.

Referência da ala radical da oposição venezuelana, López está sendo procurado pela Justiça venezuelana. A polícia chegou a fazer buscas em sua casa neste domingo, mas ele não estava lá.

O opositor não é visto em público desde quarta-feira, quando milhares de estudantes sairam às ruas, liderados por ele, para exigir uma mudança de governo.

No entanto, ele divulgou um vídeo neste domingo, dizendo ser inocente e desafiando as autoridades a prendê-lo durante uma marcha que ele convocou para a terça-feira.

“Não tenho nada que temer, não cometi nenhum delito, sou um venezuelano comprometido com nosso país, como nosso povo. Se há alguma decisão legal de me prender, estarei pronto para assumir essa perseguição e essa decisão infame por parte do estado”, disse.

Ele é acusado de ser o autor intelectual da onda de protestos violentos que tomou a capital do país nos últimos dias. As marchas se tornaram mais violentas na quarta-feira, quando três homens foram mortos durante um protesto contra o governo. Maduro acusa López de incitar a violência, enquanto a oposição afirma que os homens foram assassinados por milícias pró-governo.

“López ordenou que todos esses jovens violentos, treinados por ele, destruíssem metade de Caracas e então resolveu se esconder”, disse o presidente. “Se entregue, seu covarde!”
‘Golpe’

López se converteu na mais nova dor de cabeça do ex-candidato presidencial e governador Henrique Capriles – líder do setor moderado da coalizão opositora – desde que decidiu colocar em prática o plano chamado “A saída”. Apoiado pelo movimento estudantil, o plano consiste em intensificar a onda de protestos no país até levar o presidente à renúncia.

“Ainda acreditam que devemos esperar até 2019 (fim do mandato de Maduro) para sair deste regime?”, questionou López, em seu perfil no Twitter, ao convocar os protestos.

Essa declaração foi interpretada pelo governo como um chamado a um golpe de Estado.

A escalada de violência que tem marcado o tom dos protestos nos últimos dias preocupa aos “moderados” da oposição. Um dos membros da Mesa de Unidade Democrática (MUD) afirmou à BBC Brasil que o setor moderado da oposição tentou dissuadir López de sua “aventura” com os estudantes.

Conservador, vinculado aos partidos de direita da região, López é visto como um “maverick” – jargão político para definir quem desobedece as linhas do partido – na avaliação do analista político Carlos Romero, professor da Universidade Central da Venezuela. “López tem um estilo muito personalista, pouco institucional. Ele está sempre em permanente busca de protagonismo”, afirmou Romero.

A seu ver, a polêmica decisão de levar a população às ruas para promover uma mudança de governo é uma manobra que tem como objetivo “ambições pessoais”, mas que pode levar à crise toda a coalizão opositora. “Leopoldo é um dirigente que neste momento está promovendo danos importantes à oposição democrática”, afirmou.

Sua habilidade em promover rupturas entre aliados políticos também foi destacada com preocupação por um conselheiro político da embaixada dos Estados Unidos em Caracas. Em documento desclassificado de 2009 vazado pelo Wikileaks, Robin D. Meyer, qualificou a López como uma “figura divisora da oposição, arrogante, vingativo e sedento de poder”, diz o documento que tinha como enunciado “O problema Leopoldo”.

A historiadora Margarita López Maya caracteriza a López como um político “audaz, ambicioso e carismático”. Em sua opinião, ele é capaz de capitalizar os anseios da juventude que não vê saídas, se não o protesto, como mecanismo de pressão para debilitar o chavismo.

“Levá-lo prisão seria convertê-lo em um mártir e ele seria catapultalo a uma candidatura presidencial”, avaliou a historiadora.

Entre os jovens que estão protestando nas ruas, López é visto como um ícone da rebelião anti-chavista e um potencial presidenciável. “Se ele for preso, o movimento estudantil irá às ruas defender sua liberdade. Compartilhamos com ele a visão de que é preciso mudar esse governo. Vamos continuar nas ruas até a renúncia do presidente”, afirmou à BBC Brasil o dirigente estudantil Daniel Alvarez.
Carreira

Ex-prefeito do munícipio de Chacao (2000-2008), López, de 43 anos, vem de uma das familias da elite venezuelana, ligada ao setor industrial e petroleiro.

Como prefeito, participou ativamente dos protestos que culminaram no golpe de Estado que derrocou brevemente o governo Chávez. Desde então, não pode se desvincular do rotulo de “golpista”, atribuido pelo governo e seus seguidores.

Em 2008, uma acusação de mau uso de recursos públicos, como prefeito de Chacao, fez com que o político fosse inabilitado politicamente pela justiça da Venezuela. Essa decisão do tribunal, impediu que lider opositor se projetasse como potencial candidato presidencial.

Formado em Harvard, sua carreira politica começou no partido Primeira Justiça, o mesmo de Capriles. Um racha interno o levou a abandonar o grupo. Ele então se filiou ao partido conservador Um Novo Tempo, onde permaneceu pouco tempo, até fundar seu atual partido Voluntad Popular.

Fonte: OUTRAS PALAVRAS

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Dilma cedeu ao Consenso de Washington, mas não tem oposição


Aline Salgado                                                                                     Octávio Costa
ENTREVISTA
CARLOS LESSA


Economista e ex-presidente do BNDES


O carioca Carlos Frederico Theodoro Machado Ribeiro de Lessa tem um gosto incomum pelo debate. Ele forma, com Maria da Conceição da Tavares, o último bastião da escola estruturalista, que também se autointitula de nacional- desenvolvimentista. Em entrevista ao Brasil Econômico, Carlos Lessa advertiu que, aos 77 anos, temo direito garantido de ser irreverente. E atacou, sem meias palavras, a política econômica de Dilma Rousseff, sua ex-aluna. Para ele, o Brasil pegou “um período de bonança” na última década com as exportações de produtos primários e equilibrou suas contas externas,mas poderia ter feito mais. “Acumulou reservas, mas não aumentou a taxa de investimento, que continua abaixo de 20% do PIB. Passamos a apostar, de novo, em exportar minério de ferro, café, milho, soja”. O vento mudou e o país enfrenta agora a má vontade do mercado financeiro internacional, que cobra medidas ortodoxas de aperto fiscal. “Mas cortar o que e onde?”, pergunta. Ao comentar a ida de Dilma a Davos, Lessa afirma que ela se dobrou às pressões internacionais: “Nossa presidenta vai a Davos e diz: ‘Somos serventuários do Consenso de Washington’”. Apesar das críticas, o economista prevê a reeleição de Dilma. “Marina não é oposição e os meninos de Pernambuco e Minas também não”.

O senhor ainda se considera um nacionalista?

Não é possível melhorar a condição social sem aumentar a oferta pública. E não há como ampliar a oferta pública sem usar o Estado. Não há Estado mundial, então, tem que ser o Estado nacional. Por isso, a ideia de nação é fundamental. Eu olho o Brasil com muita angústia. Porém, quando eu comparo com a maior parte da África subsaariana, um pedaço importante do Oriente Médio, eu não posso me queixar.

O sr. acha que há uma onda de má vontade contra o Brasil?

A chamada onda de má vontade é um movimento simétrico ao ufanismo. A ideia, exaltada na entrada do novo milênio, de que finalmente o Brasil estava sendo reconhecido como Brics, é uma espécie de movimento dialético. Nunca levei a sério a ideia do Brics. O único denominador comum entre China, Rússia, Índia e Brasil é o tamanho do território. Tirando isso, Rússia, China e Índia têm bomba atômica, submarino nuclear, nós não temos nada disso. Eles são potências, e nós somos uma impotência do ponto de vista militar. Enquanto a industrialização chinesa é espetacular, estamos nos desindustrializando. Sempre achei que o Brasil não era emergente, mas submergente.

Mas quando se criou o termo, havia uma expectativa muito grande em relação ao Brasil.

Os conceitos históricos de Centro e Periferia foram sendo substituídos por neologismos, como Norte e Sul, Terceiro Mundo. Depois da queda do muro de Berlim, surgiu a questão: como a gente racha o mundo? Vamos deixar todo esse Terceiro Mundo em mãos de uma eventual hegemonia chinesa ou hindu? Não, vamos recortar: emergentes e não emergentes. Por que colocar o Brasil nos emergentes, se o Brasil estava submergindo?

Mas as exportações brasileiras ainda estão fortes...

O cenário é favorável, por causa da China. Com a ascensão da China e da Índia, aumentou a demanda pelos produtos primários, o que gerou uma valorização desses produtos, para a desvalorização dos artigos industriais. O que se viu, imediatamente, no discurso brasileiro, foi um retrocesso nas forças produtivas. Passamos a apostar, de novo, em exportar minério de ferro, café, milho, soja. E esse equívoco parecia confirmado, porque os preços de todas as commodities subiam, e o dos produtos industriais barateavam. Na lógica do imediatismo pragmático brasileiro, do servilismo colonial, vamos fazer do Brasil uma economia primário exportadora.

Mas o sr. não acha que o Brasil ganhou com as exportações?


O Brasil pegou, junto com outros países da América do Sul e da África, um período de bonança nas exportações primárias. O boom chinês empurrou os preços para cima e, ao mesmo tempo, reduziu o preço dos produtos industriais. O Brasil teve, por mais de dez anos, bonança nas suas contas externas, apoiado por uma política de absoluta abertura do sistema financeiro brasileiro e articulação como sistema financeiro mundial. E aí conseguiu combinar um superávit expressivo na balança comercial com um superávit na balança de capitais.

Então, quer dizer que o vento mudou? É uma má vontade?

Não. É realismo. Como o Brasil se abriu de uma extensão total, completa e absoluta, eles não podem reconhecer isso. É necessário fazer o discurso de que a abertura brasileira não foi totalmente completa, diferentemente do México, onde se abriu tudo. O México está se encaminhando para ser um estado norte- americano.

Mas nossa presidenta esteve em Davos e disse aos empresários: “Eu estou com vocês”.

Apesar de ela ter reafirmado o compromisso com os fundamentos econômicos e o tripé, a desconfiança com a economia não mudou. Mas esse discurso não é só norte-americano, é também do sistema bancário brasileiro. O grande círculo exportador primário brasileiro comunga muito da ideia de tornar o Brasil, novamente, uma economia primário-exportadora. Além disso, acho que o sistema bancário no Brasil nada em felicidade, porque tem uma rentabilidade patrimonial duas vezes superior à média da indústria.

Mas, o discurso externo é de que Dilma expandiu muito o gasto público...

Quem faz esse discurso são os bancos brasileiros e, para minha tragédia, a Fiesp e a Firjan também. Só vejo um discurso empresarial na contramão, que é o da Abimaq. Eu vejo o discurso da Fiesp e da Firjan quase aplaudindo integralmente a ideia primário-exportadora. A lógica da empresa industrial é dominar o mercado. Para mantê-lo, maximiza-se o ganho. Se puder importar de fora, tem um custo mais baixo.

Em entrevista ao Brasil Econômico, Paulo Francini, da Fiesp, falou que, há 15 anos, a indústria representava mais de 20% do PIB. Hoje, só representa 13%, e a previsão é de 9%, daqui a alguns anos.

O Francini é uma exceção, porque é nacional-desenvolvimentista. Eu vejo esse esvaziamento da indústria com horror. Para a minha surpresa, as empreiteiras brasileiras não fazem parte da linha de frente em defesa da indústria. Elas, por definição, dependem do investimento público. Mas eu não as vejo tão preocupadas com o investimento público. E tem um discurso quase universal, na área empresarial, que converge com essa coisa externa de desvalorização do Brasil: “O Brasil tem contas mal geridas”. Como se resolve isso? Cortando gastos públicos. Nossa presidenta vai a Davos e diz: “Somos serventuários do Consenso de Washington”. Continua a pressão contra o Brasil e ela está preocupada em dizer que estamos nos comportando bem.

Ao mesmo tempo, gente como Paulo Nogueira Batista e Luiz Gonzaga Belluzzo diz que é preciso dar alguma demonstração para investidores estrangeiros.

Vamos pensar geopoliticamente. Os EUA estão querendo diminuir a sua independência do petróleo do Oriente Médio, e nada melhor do que se voltar para o Atlântico Sul. Há aqui a imensa reserva venezuelana e o nosso pré-sal. Nesse contexto, nada mais importante do que o Brasil. O que não pode aparecer na América do Sul? Um rebelde, como a Venezuela ou a Argentina.

O Brasil é peça estratégica na geopolítica norte-americana?

É essencial.

Mas se nós somos essenciais, porque ficam atacando nossa política econômica?
Para nos subordinar. Você acha que o desenvolvimento brasileiro, qualquer laivo de autonomia, interessa aos EUA? Sabe o que deve estar irritando o Pentágono? O Brasil ter escolhido um caça sueco...

O sr. acredita na reeleição de Dilma?

Sim. Sabe por que? Não há oposição a ela. Marina não é oposição, os meninos de Minas, de Pernambuco, não são. A Marina diz que Dilma não fez tão bem quanto o Lula. O menino de Pernambuco critica que ela não faz a política estabilizadora correta. E o menino de Minas fala a mesma coisa. No momento, não há discurso de oposição. O que se tem é muita gente incomodada com a situação atual, mas não há espaço para jogar isso em cima de ninguém.

E o corte no orçamento?

Se Dilma cortar o orçamento na educação e na saúde, ela terá problemas. Os médicos e a população vão contra ela. Você acha que ela vai cortar onde? Em obras públicas e pavimentação. Na energia elétrica? Não, porque teria que  elevar a tarifa de energia. Criaram uma equação que é ruim. Sabe o que os neoliberais fazem? Dizem que se está gastando muito. Há maneiras de enfrentar, mas é preciso ter coragem. E Dilma não tem. Não dá para subsidiar transporte urbano, consumo de energia elétrica e gasolina, não dá!

Mas e o problema da inflação?

Dilma represou tudo: o aumento da energia elétrica, da gasolina. O que acho mais óbvio é que a inflação vai acontecer, independentemente do que o governo faça. Por uma razão simples: toda vez que o empresário ver que não há perspectiva dinâmica para frente, ele vai explorar ao máximo as condições de mercado. Quando ele faz isso, joga o preço para cima. Na cabeça dos empresários o câmbio vai evoluir desfavoravelmente para o real. E o que eles farão? Se proteger, antecipando isso—ou seja, aumentando os preços. A inflação vem, não adianta ficar com medinho. O problema é que o desequilíbrio estrutural que foi criado no Brasil é assustador. Não quero dizer isso, porque, quando falo,aumenta o medo. Você pode até tentar evitar um cenário de inflação. Mas, para isso, teria que se fazer uma política brutal de asfixia. Que produziria uma taxa de crescimento negativo—que não é o que o governo quer. Por isso se busca um corte no orçamento, mas acho que será um corte de mentira.
‘SE O INVESTIMENTO É MEDÍOCRE, VOCÊ NÃO VAI A LUGAR NENHUM’

O governo recuou na política nacional-desenvolvimentista?

Para mim, ela não foi nada nacional-desenvolvimentista.

Mas a política deu ênfase ao mercado interno...
Isso é uma brincadeira. O investimento público cresceu em alguns problemas de infraestrutura, mas qual é a reconstrução industrial?

E a nova classe média?

Se você olhar o Brasil dos anos 2000, inquestionavelmente houve uma melhoria do padrão de vida na base social. Mas isso foi viabilizado pela melhor folga que o Brasil teve nas relações externas, que permitiram uma política de estabilização razoavelmente convencional e uma política social que, na periferia, fez algumas coisas relevantes. Primeiro, por não comprimir o salário-mínimo real, elevando-o. Segundo, avançou de maneira razoável a cobertura dos setores mais frágeis da sociedade — basicamente, pelo Bolsa Família e outros programas sociais. Terceiro, ao conseguir um câmbio favorável, ampliou a oferta de alimentos sem pressão significativa nos preços. Por fim, a presença do PT melhorou a formalização dos contratos de trabalho. Mas política de mercado interno, só houve uma: garantir a demanda efetiva para veículos automotores e eletrodomésticos. Na verdade, você facilitou, imensamente, o que eu chamo de “modelo Casas Bahia”. Do ponto de vista macrodinâmico, o que não foi positivo foi a taxa de investimento, que ficou abaixo de 20% do PIB.

Mas agora tem as concessões...

Não vão conseguir. Uma coisa é eu aplicar, comprando o ativo pré-existente; outra coisa é arriscar em um futuro que não sei qual é. A transferência de propriedade ou a outorga de uma responsabilidade não gera, inexoravelmente, o investimento.

No exterior, fala-se que a economia brasileira é vulnerável, inclusive, ao fortalecimento do dólar.

O Brasil sempre foi vulnerável. Houve um pequeno período, nos últimos oito a dez anos, em que o país foi beneficiado por uma mudança da lógica de preços relativos internacionais. Os produtos primários se valorizaram muito e os industriais, em termos relativos, menos. No entanto, o Brasil não soube aproveitar esse período, não elevou a taxa de investimento, não melhorou a infraestrutura. Estamos à beira de um apagão energético e o apagão da mobilidade urbana é mais que visível.

O que faltou?

Um projeto nacional e o desenvolvimento das forças produtivas. Eu tive a oportunidade de conviver bastante com o Lula, nos anos em que fui presidente do BNDES. Percebi que a ideia de povo existe com muita clareza na cabeça do Lula, mas a ideia de nação, não. Sem desenvolver as forças produtivas, você não consegue desenvolver as forças sociais a longo prazo. Nós geramos empregos de qualidade, de forma intensa, até o início dos anos 80. Depois, esse crescimento foi medíocre. Em seguida, começa uma desindustrialização, e o crescimento continua medíocre. E continua se projetando medíocre. Se a taxa de investimento é medíocre, você não vai para lugar nenhum. Aí é claro que a produtividade não cresce.

E os próximos anos?

Digo que, mantidas as condições atuais, vamos enfrentar uma crise social colossal.

Pelo aumento do desemprego?

Não. Eu acho que essa enorme nova classe média é um protagonista social imprevisível. Você não pode despertar a visão de inserção e depois cortá-la. A menos que a economia brasileira consiga sustentar um ritmo bom de crescimento, o cenário mudará. Vamos supor que o Brasil abaixe toda a cabeça e siga a cartilha do sistema financeiro internacional. O que haverá é uma mediocridade adicional à já existente, talvez com taxas de crescimento negativas. Eu não acho que a arrumação das variáveis macroeconômicas, a partir de uma visão neoliberal, retome o crescimento. Aliás, se fosse assim, o mundo já teria superado a crise mundial.

O sr. diz que governo seguiu o Consenso de Washington. Mas o PT não desalinhou um pouco?

Não tenho essa visão. Fui para o governo do PT, nunca tendo sido do PT, porque pensava que a eleição do Lula seria um vetor novo e, se minimamente o programa do PT fosse seguido, seria possível avançar. Passei dois anos no BNDES e estive com Lula quase diariamente. Percebi essa questão das ideias de povo e nação da qual falei. Do ponto de vista macrodinâmico, vejo hoje que eu estava certo: caminhar-se-ia para um desastre. Cansei de falar: o endividamento familiar não é maneira de se dinamizar a economia. Você só eleva o investimento pelo aumento da taxa, coisa que o neoliberal vê como um pecado mortal.

Mas o Mantega é acusado de adotar uma política frouxa em relação aos gastos públicos.

Pelo seguinte: você tem que encontrar algum demônio. Não pode dizer que o demônio está no sistema financeiro—que privilegia, no limite, o rendimento das instituições financeiras. Não pode dizer que houve um equívoco em desproteger a base industrial. Pergunto: tem algum interesse bancário perdedor no Brasil?  Não. Talvez, pudessem ter ganhos maiores, por exemplo, se pudessem assumir o controle de um Banco do Brasil, esquartejar uma Caixa Econômica, e botar o BNDES na função de mero repassatário de fundos. Ainda não conseguiram. Mas o trabalho é intenso. O discurso dominante é o de que a política do governo foi furada, porque gastou muito. A pergunta que faço é: em quê? Aí se faz uma porção de discursos condenando essas coisas. E a educação brasileira, melhorou? Não. E a saúde? Não. Como está a energia? À beira de um apagão. Como está o transporte?  Vivemos um problema seriíssimo na estrutura logística. Qual foi o problema estrutural brasileiro enfrentado? Infelizmente, nenhum. Agora, se você me perguntar: houve uma melhoria para o povão? Houve. Melhor ainda, para o não povão.

O sr., então, não cortaria os gastos, como os neoliberais querem fazer?

Eu não sei que gastos eles vão cortar. Se você tiver uma quantidade grande de chefias intermediárias dispensáveis, dá para cortar. Faz uma trajetória do que está acontecendo com os cargos intermediários da Petrobras e do BNDES, e você vai ficar assustado com a multiplicação deles. Você vai cortar na saúde em um momento em que se pede mais saúde e menos Fifa? Pode ser, mas se cortar, perde a eleição. Vão paralisar é programas de gastos públicos de investimento e de novas obras, programas que, no conjunto, deveriam ter sido feitos há 10, 15 anos.

O Banco Central diz que um dos instrumentos que tem na mão é elevar os juros...

Mas o que o Banco Central não diz é que ele tem outros instrumentos na mão. O câmbio. Ele não diz que aumenta os juros para elevar a conta de atração do capital de fora.

É preocupante esse caminho de se elevar juros?

O que me parece é que esse caminho já demonstrou que é uma trajetória maravilhosa para os balanços do sistema financeiro e para as aplicações financeiras. O liberal brasileiro vê as coisas dando errado e coloca a culpa no Mantega como se ele fosse superpoderoso. Quem tem poder mesmo no Brasil é o secretário do Tesouro, que executa o orçamento, e o Banco Central, que controla crédito e fluxo de dinheiro dentro e fora do país.

E o BNDES?

Eu fui presidente do Banco e sei que ele é importante para o futuro. Está bancando estados, municípios. Bancando de maneira espantosa a indústria automobilística. Mas não está seguindo nenhum projeto nacional-desenvolvimentista. Está servindo para fazer operações de compensação nesse cenário. Mas a expansão de operações de crédito não é sinal de saúde da economia, é um indicador de que ele vai sendo usado pragmaticamente para segurar as contas, de Eike Batista a outras coisas.

Como o sr. vê o episódio dos Black blocs? Isso afeta ou não a imagem da presidenta Dilma?

Desde o início das manifestações, tenho aprendido muito. Nesse episódio do cinegrafista, aprendi que um rojão é mortal e que qualquer pessoa pode comprá-lo livremente. Não entendo muito essa coisa de black boy, para mim é um mistério. Fomos de terno preto para o leilão de Libra, mas não conseguimos número suficiente de pessoas para fazer um cordão de isolamento frente à polícia. Eu queria ver se os policiais teriam coragem de jogar balas de borracha em nós, eu um velho de gravata, defendendo “o petróleo é nosso”. A cobertura da imprensa também foi uma coisa horrorosa, ninguém mostrou o lado pacífico e organizado da manifestação. Apenas uma correria, com carro da imprensa virado e incêndio de um banheiro. Acho que interessa muito ao regime que o povão tenha medo de ir para a rua protestar. A violência trabalha contra a ideia da manifestação. Mas não tenho simpatia pelos black blocs. O pessoal do povão da periferia tem horror a eles. Sabe por quê?  Veja os pontos de ônibus quebrados... meus empregados ficam furiosos!

Você acha que a  Copa será afetada pelas manifestações?

Foi e continuará sendo. Nas manifestações de julho, não vi nenhum discurso contra o capitalismo estrangeiro e contra o imperialismo. O discurso dos manifestantes foi contra a Fifa. E o governo brasileiro cedeu à Fifa, primeiro reduzindo o tamanho dos estádios e, depois, impedindo de se aproximar deles. Do ponto de vista popular os custos brutais nas obras dos estádios são a demonstração inequívoca de que o governo brasileiro é favorável à corrupção. A reforma do Maracanã é uma vergonha, gastaram mais de R$ 1 bilhão.

O sr. acredita que o acirramento das ruas pode tornar a reeleição de Dilma mais difícil?

Os ingredientes para um ano conturbado estão dados. Acho que a população das cidades está extremamente incomodada com a mobilidade urbana. Até agora a Dilma não se desgastou tanto, mas os governadores, sim. Caiu a popularidade dela, mas ela não apareceu estigmatizada nas manifestações.

E que conselho o sr. daria à sua ex-aluna Dilma na economia?

Ela foi uma boa aluna, sabe o que está fazendo. Se faz bobagem, é porque no balanço político ela acredita que está certa. Modéstia à parte, ela foi aluna dos melhores economistas do país. É muito inteligente. Mas acho que tem muito medo de enfrentar as coisas. Enquanto a Cristina Kirchner tem mais coragem, mas não sabe direito o que faz.  As decisões macroeconômicas partem dela, não tenho dúvida. Acho que o Mantega é um operador, não acredito que esteja formulando nada. A política econômica brasileira seguiu esse rumo, apesar de o Lula ter sido advertido de que era um rumo perigosíssimo. Eu o adverti. E não fui só eu.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

A MELHOR ALTERNATIVA PARA O BRASIL HOJE É REELEGER DILMA PRESIDENTA.


"A independência econômica não se adquire necessariamente com a independência política". Getúlio Vargas

Apesar das críticas que tenho com relação a politica econômica da Presidenta Dilma, não concordando com a politica de juros e a crescente desnacionalização da economia. Penso que nós os trabalhadores organizados, os empresários nacionais, os servidores públicos civis e militares, estudantes, pequenos e médios empresários precisamos mudar a correlação de força junto ao governo da presidenta. Pois os pré-candidatos até agora que se apresentam, não inspiram confiança. Ou estão a direita entreguista com apoio da mídia ou estão com "discurso" de esquerda, mas montando alianças com a direita entreguista, aqui no Brasil representado pelo PSDB. O Brasil há seculos luta pela sua independência, desde das lutas dos Guararapes que expulsaram os Holandeses, inclusive com Calabar. Tivemos avanços e recuos, traições, lutas armadas, Independência com Pedro I, libertação dos escravos, república, a revolução de 1930, o golpe entreguista de 1964, a eleição de Tancredo Neves, constituinte, impeachment de Collor , eleição do entreguista FHC, retomamos as rédias com a eleição do Lula e agora com a eleição da presidenta Dilma. 


Penso o que precisamos é romper com o imperialismo e afirmar com mais força nossa independência econômica. Porque sem independência econômica a politica. 



Nos ensina Getúlio Vargas : "A independência econômica não se adquire necessariamente com a independência política é tarefa lenta e difícil, que se arrasta por muitos decênios, que às vezes se retarda por séculos e cujo êxito final depende de inúmeros fatores, alguns previsíveis, outros condicionados aos fenômenos gerais da organização mundial.". Sendo assim, penso que o melhor na atual conjuntura é fortalecermos nossa unidade e irmos as ruas, o movimento organizado, e pressionar cada vez mais o governo da presidenta que tome medidas mais nacionalistas e democratize os meios de comunicação. E não cairmos no "canto de sereia" dos que querem o retrocesso econômico e politico para favorecer os interesses do imperialismo em nosso país.

Aylton Mattos

Caboclo Sete Flechas (Documentário Completo)

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Sonda-me (com Legenda) Aline Barros

Estás entre nós







E por mil estradas onde andarmos nós




Qual semente nos levará

Em Manaus, Residencial Viver Melhor 2 é o maior empreendimento do Minha ...





A presidenta Dilma Rousseff entrega, nesta sexta-feira (14), em Manaus (AM), 5.384 unidades habitacionais do Residencial Viver Melhor 2, que integra o programa Minha Casa Minha Vida. O empreendimento beneficiará cerca de 21 mil pessoas com renda mensal familiar de até R$ 1,6 mil, e recebeu investimento total de R$ 313,39 milhões, com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial.
Localizado no bairro Santa Etelvina, o empreendimento é composto por 4.736 apartamentos, com área privativa de 40,41m²; 488 casas térreas, com área privativa de 35,89 m²; e 160 casas adaptadas para portadores de necessidades especiais, com área privativa de 36,81 m²; todas divididas em dois quartos, sala, banheiro, cozinha e área de serviço externa.
Atendendo às exigências de qualidade do Minha Casa Minha Vida, o empreendimento é equipado com infraestrutura completa, pavimentação, redes de água, esgotamento sanitário, drenagem, energia elétrica e disponibilidade de acesso ao transporte público.
O entorno do empreendimento possui escola de tempo integral, escola de ensino médio, unidade básica de saúde, transporte, quadras de esporte, centro comunitário e parques infantis.
http://blog.planalto.gov.br/

Em Manaus, Dilma anuncia mais R$ 420 milhões em mobilidade urbana para o Amazonas


Presidenta Dilma Rousseff posa para foto durante cerimônia de entrega de 5.384 unidades habitacionais do Residencial Viver Melhor 2. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Presidenta Dilma Rousseff posa para foto durante cerimônia de entrega de 5.384 unidades habitacionais do Residencial Viver Melhor 2. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta sexta-feira (14) mais R$ 419,6 milhões para obras de mobilidade no Amazonas, valor que se soma ao R$ 1 bilhão que o governo já havia autorizado para mobilidade urbana no estado. Os novos recursos serão investidos na implantação de corredores de ônibus, em obras que serão realizadas pelo governo do Estado e pela prefeitura. Estes corredores darão maior fluidez ao trânsito e reduzirão o tempo que os moradores de Manaus hoje gastam para transitar pela cidade.
Deste total, R$ 207 milhões serão em recursos do orçamento do governo federal e R$ 212 milhões em financiamento, com 30 anos de prazo para pagamento, quatro anos de carência e juros de 5,5 % ao ano. Somente para a Prefeitura de Manaus serão destinados R$ 125 milhões para a implantação de 48 quilômetros de corredores, sendo R$ 59,9 milhões em recursos do orçamento da União e o restante em financiamento à prefeitura.
Com estes recursos serão implantados 4 grandes corredores. Um envolvendo as avenidas Constantino Nery, Torquato Tapajós, Max Teixeira e Noel Nutels; outro passando pelas avenidas Brasil, Coronel Teixeira e Boulevard Álvaro Maia; outro na Avenida Autaz Mirim e outro nas Avenidas Recife e Paraíba.
Para o estado do Amazonas foram autorizados R$ 294,5 milhões, sendo a metade em recursos do orçamento da União e metade em financiamento. Esses recursos viabilizarão a implantação de quase 20 quilômetros de corredores de ônibus, que serão os corredores Leste x Oeste/Complexo dos Franceses, que vai da Avenida das Flores até a Avenida Turismo, e o Colônia Antônio Aleixo/Bola do São José.

http://blog.planalto.gov.br/

Dilma concede entrevista coletiva durante visita a Arena da Amazônia, em...





VAI TER COPA! PARA DESESPERO DA OPOSIÇÃO LACAIA, FILHOTES DE SILVÉRIO DOS REIS. DILMA PRESIDENTA DO BRASIL!

Em Manaus, Dilma entrega 5.384 unidades habitacionais

AS MULHERES NA VISÀO DE UM HOMEM.


texto de Paulo Coelho 

Não importa o quanto pesa. 
É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher. 
Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção. 
Não temos a menor ideia de qual seja seu manequim.
Nossa avaliação se dá de outra forma,
isso quer dizer: se tem forma de guitarra... está bem.






































Não nos importa quanto medem em centímetros, é uma questão de proporções, não de medidas. 

As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas e carnudas.
Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo. 
As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada 
por estilistas que, diga-se de passagem, parecem odiar as mulheres e com elas competem. 
Suas modas são retas e sem formas.

A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! 
Para andar de cara lavada, basta a nossa. 
As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas...
Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim. 
Ocultar essas formas é como ter o melhor sofá embalado no sótão.

É essa a lei da natureza... que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheinha, 
simpática, tranqüila e cheia de saúde.

As jovens são lindas... mas as de 30 para cima, são verdadeiros pratos fortes. 
Por tantas delas somos capazes de atravessar o atlântico a nado. 
O corpo muda... cresce, não da de entrar, sem ficar psicótica,no mesmo vestido que usava aos 18.
Uma mulher de 45, que entra na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo.

Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida
com equilíbrio e sabem controlar sua tendência a culpas. 
Ou seja, aquela que, quando tem que comer,come com vontade 
(a dieta virá em setembro, não antes); quando tem que fazer dieta, 
faz dieta com vontade (não se saboteia e não sofre);quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que gosta, compra; quando tem que economizar, economiza.

ALGUMAS LINHAS NO ROSTO, ALGUMAS CICATRIZES NO VENTRE, ALGUMAS MARCAS DE ESTRIAS NÃO LHES TIRA A BELEZA. 
SÃO TESTEMUNHAS DE QUE FIZERAM ALGO EM SUAS VIDAS, 
não tiveram anos em formol, nem em spa... VIVERAM!

O corpo da mulher É O SAGRADO RECINTO DA GESTAÇÃO DE TODA A HUMANIDADE, onde foi alimentada, ninada e, sem querer, marcada por estrias, cesáreas e demais coisas que fizeram parte do processo que contribuiu para que estivéssemos vivos.

Portanto, Cuidem-no! Cuidem-se!
Amem-se! A beleza é tudo isto.