Bis recomenda aos emergentes juros mais altos e mais arrocho
O BIS (espécie de banco central dos bancos centrais) reuniu no domingo (8) e na segunda-feira (9) em Basileia, Suíça, as principais autoridades monetárias do mundo para debater a situação internacional. As principais recomendações apontadas pelo BIS foram direcionadas aos chamados países emergentes, entre os quais o Brasil, para que abandonem as políticas de crescimento econômico, aumentem os juros e cortem gastos.
A finalidade dessas orientações destinadas à desaceleração econômica é permitir o crescimento nos países desenvolvidos, ainda imersos na crise.
Desde o agravamento da crise, em setembro de 2008, os “emergentes” têm apresentado os maiores índices de crescimento.
A produção desses países cresceu 7,3% no ano passado, enquanto que a dos países desenvolvidos só aumentou 3%. Com o objetivo de desacelerar o crescimento nesses países, órgãos tipo FMI e BIS propalam que o aquecimento dessas economias faz subir os preços das matérias-primas, provocando pressões inflacionárias.
Nenhum pio sobre as superemissões de dólares por parte dos Estados Unidos, das quais grande parte foi injetada em produtos básicos (commodities) - convertidos em substitutos de ativos financeiros -, objeto de especulação internacional, provocando a alta dos preços desses produtos nos “emergentes”, tal qual aconteceu no Brasil no início do ano.
Como as recomendações do BIS já estão sendo colocadas em prática pela equipe econômica – ou seja, aumento de juros, corte de gasto e aperto fiscal com o objetivo de derrubar o crescimento para 4% -, o BIS destacou o trabalho do BC brasileiro como exemplo de autoridade monetária preocupada com a redução da inflação.
HP
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