25 anos após os acontecimentos da Praça da Paz Celestial em Pequim – em que a contra-revolução, vitoriosa no leste europeu, foi barrada e a China pôde seguir seu rumo para se tornar a maior economia do mundo -, a mídia pró-EUA e seus lacaios insistem em manter sua ficção sobre os acontecimentos, especialmente com o suposto “massacre de 1989” e a enésima repetição do vídeo do “estudante diante do tanque”. Naturalmente, se o tanque fosse dirigido por um nazista, o estudante teria sido trucidado na hora...
O escritor e blogueiro Wei Ling Chua, que tem se dedicado à questão, denunciou o papel da BBC em fabricar a impressão de um “massacre” sem ter jamais mostrado aos seus expectadores “uma só pessoa morta”. Isso, apesar do vazamento pelo WikiLeaks em 2011 de cabograma do governo de Washington e da confissão de 2009 do jornalista da BBC James Miles – na época em Pequim - de que ele tinha “passado uma impressão falsa” e que ninguém tinha sido morto na Praça Celestial em 1989.
Assim, Miles levou 20 anos para admitir que “manifestantes que ainda estavam na Praça quando o exército chegou tiveram permissão para sair após negociações com as tropas da lei marcial”, como constatado por “meia dúzia de jornalistas que testemunharam esse momento”. Mas, acrescentou, a culpa foi dos “estudantes que tinham dito a ele e a outros jornalistas de um banho de sangue na praça o que se provou um erro”. Ele também disse que não foi o único nas mentiras, citando o magnífico trabalho do “Washington Post” e do “New York Times”.
Ling Chua, que é autor do livro ”Massacre” da Praça Tiananmen? O Poder das Palavras vs A Evidência Silenciosa, adverte que basta uma simples busca no site da BBC com o termo “Tiananmen Massacre” para constatar que esta continua a usar o termo para tentar demonizar o governo chinês. Um vídeo de 3,34 minutos sobre o “massacre” [www.youtube.com/watch?v=XJBnHMpHGRY] mostra a que ponto a emissora inglesa se esmerou na refinada “arte” de Goebbels.
Uma comparação atenta entre o que a jornalista da BBC diz nesse vídeo e o que é efetivamente retratado nas suas imagens revela que a BBC pôde fabricar a percepção de um massacre em 1989 simplesmente usando o poder da linguagem, imagens de tanques, soldados, veículos queimando, e sons de explosões sem mostrar a seus expectadores um único clip de uma pessoa morta. E a mentira que propal-aram foi de “centenas” ou “milhares” de mortos.
O escritor entra nos detalhes da manipulação. “No início desse vídeo, a BBC descreve que “ônibus estão em chamas e caminhões do exército foram incendiados também”, sem dizer que turbas estavam armadas com bombas incendiárias e que os soldados estavam sendo atacados. Depois a BBC clama que “as tropas estiveram disparando indiscriminadamente, mas ainda, há milhares de pessoas nas ruas que não recuarão”. Um minuto mais tarde, o vídeo da BBC acrescenta que “depois de horas de tiroteio e enfrentando uma coluna de soldados, a multidão ainda está lá. Eles estão gritando, ‘parem a matança’ e ‘abaixo o governo’”. “A questão a se perguntar” – registra Ling Chua – “é possível um cenário em que uma coluna de soldados esteja disparando indiscriminadamente contra uma multidão bem em frente deles por horas?”. Note-se que não há imagens de soldados disparando quando a BBC descreve tal cena.
A BBC então assevera que o exército “estava se lançando sobre uma população civil desarmada, como numa carga de batalha” e que o “som dos disparos soava como uma batalha, mas uma de um lado só”. Alguém – aponta Ling Chua – poderia notar que essa série de descrições é para retratar “uma população civil desarmada brutalizada pelos soldados” sem que seja dada “evidência em vídeo da violência dos soldados”. Em adição, a descrição de uma ‘população civil desarmada’ está em contradição com as imagens no começo do vídeo quando a BBC reportou que ‘ônibus foram incendiados e caminhões do exército também’.
Prossegue Ling Chua: “A BBC então de novo descreveu extensamente a matança pelos soldados de civis desarmados sem produzir uma só exibição de uma pessoa morta. Por exemplo, eis como a jornalista da BBC descreveu o número de pessoas mortas na frente dela: ‘Uma grande série de tiros assim que eu deixei a linha de frente causou pânico. Um jovem caiu morto na minha frente. Eu caí sobre ele. Dois outros foram mortos a algumas jardas. Duas pessoas mais caíram feridas no chão perto de mim. Ambulâncias com sirenes ligadas se dirigiram até a linha da tropa e não puderam chegar à praça. Dois motoristas de ambulância foram baleados e ficaram feridos’. Alguém poderia notar que essa é uma narração na primeira pessoa, e que todas essas mortes aparentemente ocorreram bem perto da jornalista da BBC; e, ainda, não podemos achar quaisquer imagens neste vídeo da BBC que correspondam a tal descrição”.
“Também vale a pena notar que quando a BBC disse ‘nós captamos uma mulher com uma bala na cabeça, e a levamos até um hospital infantil próximo numa cena perto do caos, feridos estavam chegando a cada poucos segundos’, o vídeo está mostrando uma mulher com sangue na cabeça caminhando com os próprios pés com três companheiros. Não há qualquer evidência no vídeo que dê suporte à alegação de que ‘feridos estavam chegando a cada poucos segundos’”, assinala Ling Chua.
O auge da manipulação vem a seguir. A jornalista – ainda sem na imagem aparecer qualquer morto – fala sobre um hospital que não é mostrado. “Donas de casa, aposentados – pessoas baleadas sentadas em suas casas. O centro de cirurgias estava lotado; com muitos dos médicos em lágrimas. Em 20 minutos, 40 feridos seriamente foram trazidos para cirurgias de emergência. Dois já estavam mortos”. Então, dá o bote: “Nas ruas, muitos vieram até nós, tremendo de raiva, descrença e medo. Muitos estavam aterrorizados, dizendo que haveria o troco. Não havia uma voz nas ruas que não expressasse desespero e ódio. “Contem ao mundo’, eles nos dizem”.
Para Ling Chua, “uma vez que as pessoas aprendam a conferir as imagens de vídeo com a narração dos jornalistas ocidentais, elas poderão compreender quão repugnante é a máquina de propaganda imperialista, como eles fabricam notícias para instigar o ódio contra os regimes visados no mundo inteiro para justificar uma mudança de regime – os que não se submetem aos ditames de Washington e seus satélites.
Então, o autor convoca: “por favor comece vendo esse vídeo da BBC de 1989 intitulado “Massacre”: htpp://www.youtube/watch?v=XJBnHMpHGRY antes de seguir lendo este artigo. Então, pergunte a você mesmo se está convencido pelas imagens e narração de que um “Massacre” ocorreu na Praça Tiananmen em 1989. Depois, tomando conhecimento sobre os fatos sobre os eventos da Praça da Paz Celestial em 1989, vamos revisitar como a BBC irradiou o assim-chamado “massacre”naquela noite. Fica muito mais fácil compreender como a mídia pôde usar seletivamente imagens de tanques, soldados, veículos queimando, pessoas feridas e os efeitos sonoros de explosões e tiros para demonizar o governo chinês com seus comentários opinativo sobre um massacre sem ter nem mesmo de produzir uma só imagem de uma pessoa morta”.
Como ele denuncia, a manipulação da BBC foi suficiente para “afetar adversamente a percepção dos expectadores sobre um acontecimento. Esse é um exercício interessante conforme ajuda a provar que a vasta maioria das pessoas ao invés de analisar simplesmente aceita o que está sendo dito e quão facilmente podem ter suas emoções induzidas por umas poucas declarações direcionadas e em tom apelativo da mídia”.
Nos dias atuais, interessante uma comparação com o abafamento ao massacre real, por parte de nazistas a soldo de Washington, de civis desarmados, queimados vivos ou mortos a tiros ou por espancamento, em Odessa, no sul da Ucrânia.
A.P
http://www.horadopovo.com.br/
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