Publicado em 19-Ago-2013
Quem leu os jornalões nesse último fim de semana, e hoje também, percebeu que já decretaram o fim do desenvolvimentismo. Elencam o que alegam ser as causas de seu fracasso e podem a volta do liberalismo, da mão invisível do mercado, da desregulamentação da economia, dos juros altos, corte de gastos – sociais, é lógico –, desvalorização dos salários, fim da intervenção do governo.
Martelam temas como guerra cambial, leniência com a inflação, contabilidade criativa, controle de preços, redução do preço da energia, BNDES e os campões nacionais, desoneração tributária, marco regulatório do petróleo, concessões na infraestrutura que não andam, fechamento da economia, defesa comercial, causas do baixo crescimento.
Isso tudo está em reportagens, entrevistas, artigos e colunas. São os mesmos discursos, o mesmo tema e as mesmas propostas. Parece cópia um do outro. Um movimento articulado.
A resposta a esses argumentos é fácil. Vamos supor que o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma Rousseff não adotassem as políticas anticíclicas e de defesa comercial, de distribuição de renda e crédito, industrial; que os bancos públicos continuassem a financiar as privatizações e eles mesmos continuassem sendo privatizados; que o Banco do Brasil não financiasse a agricultura familiar e empresarial; que a Caixa Econômica Federal não financiasse a habitação popular; que o BNDES deixasse de financiar a indústria e a infraestrutura.
Estaria o Brasil melhor?
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