quarta-feira, 3 de abril de 2013

Yoani Sánchez vai a Miami encontrar-se com assassino do Che



   O tour da blogueira da CIA, Yoani Sánchez, chegou finalmente a Miami, onde foi recebida com festa pela fina flor dos gusanos, conforme o insuspeito Miami Herald. Recebeu a chave da cidade e foi paparicada no Congresso dos EUA em Washington. A blogueira chegou na quinta-feira 28 de março e se ocupou com concorridíssima programação até segunda-feira (1º de abril.). O site espanhol “Terceira Informação” havia anunciado que ela teria um encontro com o agente da CIA, Félix Rodriguez, que deu a ordem para assassinar Che Guevara em 1967 na Bolívia, e um dos organizadores da festança, por meio da Associação de Veteranos da Baía dos Porcos, grupo de renegados que vive em Miami, e do qual ele faz parte.
  
Encontro que causa uma forte repulsa em Cuba, aonde o Che é amado e idolatrado. O convite já havia sido feito, mas chegou a haver questionamento depois que a teleguiada da CIA se viu forçada a fazer pálida ponderação acerca do bloqueio, que é defendido com unhas e dentes pelos gusanos. Rodriguez foi um entusiasta da recepção a Sánchez.
  Ex-integrante da polícia secreta do ditador Fulgencio Batista, Rodriguez virou cativo no fiasco da Baía dos Porcos, sendo trocado, junto com outros mercenários, por tratores e remédios. Entre seus malfeitos, há ainda os laços com George H. W. Bush durante o escândalo Irã-Contras. Também “assessorou” a ditadura argentina.
  Mas sua carreira de agente da CIA tem como auge o episódio do assassinato de Che Guevara. Foi enviado pela CIA à Bolívia para supervisionar as operações de cerco ao heróico guerrilheiro, realizado pelo 2º Batalhão de Rangers, que operava sob a Agência. De acordo com documentos desclassificados do governo dos EUA, e entrevistas que concedeu em 1998 a uma revista espanhola, Rodriguez, que atuava sob os codinomes de Capitão Ramos ou “Gato”, recebeu pelo rádio a ordem de matar Che.
  Ele passou a ordem de execução para o sargento Jaime Terán. “Mandei Terán cumprir a ordem. Disse que ele deveria disparar embaixo do pescoço para que Che parecesse ter sido morto em combate”. Também foi Rodriguez que organizou a ocultação do cadáver.
  Aguarda-se no blog de Sánchez as vívidas impressões de tão notável encontro. Talvez por modéstia ela prive os leitores dos detalhes sórdidos.

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