O Globo disse que Itaipu parou de funcionar.
Mentira.
Que o sistema está em risco.
Que a culpa é da Dilma.
Impeachment foi o caosaéreo.
Impeachment foram os cartões corporativos.
Foi a Dra Lina.
Foi a derrubada do Sarney para entregar o Senado ao tucano acusado de todos os crimes previstos na legislação eleitoral.
Impeachment foi a febre amarela.
Impeachment foi a gripe suína.
Foi a queda do helicóptero no Rio.
O sumiço das provas do Enem dentro de uma gráfica da Folha (*).
Impeachment é a palavra de ordem do PiG (**) e seus ventríloquos no Congresso, desde que Lula tomou posse, como asseverou, na época, a professora Marilena Chauí.
Clique aqui para ler a entrevista memorável que ela concedeu ao Conversa Afiada a propósito do caoesaéreo.
Talvez só agora, no fim do Governo, o Presidente Lula tenha resolvido falar mal do PiG e seus colonistas (***), do antecessor (que tem inveja, o que é muito bom, porque a inveja corrói o invejoso por dentro) e, agora, denunciar o impeachment do mensalão.
Só falta ir até o fim do raciocínio.
O impeachment do mensalão só não seguiu adiante – e poderia ter sido concretizado enquanto Duda Mendonça depunha no Senado –, porque o Farol de Alexandria preferiu impor a “teoria do sangramento”.
(Depois da “teoria da dependência irreversível”, a “teoria do sangramento”. A História lhe reserva um lugar obscuro.)
O Farol mandou parar com o impeachment porque preferiu fazer “o Lula sangrar”.
Lula iria para a eleição exangue e ele, o Salieri , voltaria ao Palácio nos braços do povo.
Só por isso a oposição liderada pelo portentoso Agripino Maia não pediu o impeachment enquanto Duda confessava que recebia dinheiro lá fora.
A tentativa de impeachment é permanente, ininterrupta.
É a mesma que levou o Dr Getulio a meter uma bala no peito.
A que tentou impedir que JK governasse.
A mesma que derrubou Jango.
A mesma que apoiou os militares e transformou Geisel e Golbery em Pais da Pátria.
É mesma que impediu Brizola de ser Presidente.
E agora, a mesma que quer derrubar Lula.
E impedir que faça o sucessor.
Agora, o PiG quer igualar a interrupção de algumas horas no fornecimento de energia – que não teve nada com Itaipu – com o racionamento do cinzento Governo do Farol de Alexandria, que custou dois pontos percentuais no PIB e uma conta de R$ 45 bilhões que ele tirou do bolso do consumidor.
O impeachment não sai da ordem do dia.
Vote na trepidante enquete (nesta página, à direita): por que o PiG vai falar do blecaute ainda por algum tempo?
Paulo Henrique Amorim
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