Rússia, Áustria, Canadá e mais dezesseis países da União Europeia se opõem à criminosa entrega de armas aos mercenários que atuam a serviço da CIA na Síria.
Os ministros da UE reuniram-se sob a proposta da Inglaterra (cujo governo vem desde a primeira guerra do Golfo contra o Iraque atuando como o capacho-mor dos EUA nas suas aventuras intervencionistas) de romper o embargo de armas para a Síria de forma unilateral, ou seja, só não serão enviadas armas para os que defendem a soberania e a integridade do povo sírio: suas Forças Armadas. A França resolveu seguir a posição submissa de Cameron.
Após a reunião de ministros, em Bruxelas, dia 27, a Rússia condenou a decisão. Para o seu ministro do Exterior, Sergei Lavrov, ela inflama o conflito e trata-se de um "exemplo de dois pesos e duas medidas", acrescentando que trata-se de "uma decisão ilegítima. As leis internacionais proíbem o fornecimento de armas a grupos que agem em Estados soberanos".
Lavrov fez essas declarações diante do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, durante encontro em Paris. Afirmou também que a retirada do embargo "sabotam diretamente as possibilidades da preparação de uma conferência internacional sobre o conflito da Síria". Para ele, a decisão de entregar armas a terroristas "foi tomada apesar de todas as declarações da UE em favor de uma solução fundada sobre a declaração de Genebra (junho de 2012), e apesar do acordo sobre a necessidade de organizar a conferencia internacional".
O Canadá também se opôs às medidas através do seu Ministro de Relações Exteriores, John Baird: "Estou decidido de que a única saída para o sofrimento do povo sírio é uma solução política". Para Baird, a venda de armas européias aos bandos armados só trará "mais violência, mais morte e mais destruição".
Quatorze países Europeus votaram contra a liberação dos embargos aos mercenários sírios, liderados principalmente pala Áustria, República Tcheca e Suécia.
A Áustria também declarou sua oposição a decisão da França e Inglaterra em acabar com os embargos. Para o Ministro das relações Exteriores da Áustria, Michael Spindelegger, ambos os países não aceitaram os seus conselhos.
A República Checa criticou a decisão norte-americana de passar por cima do direito internacional e fornecer armas aos mercenários sírios. O Ministro da Relações Exteriores, Karl Schwarzenberg, afirmou que "a indústria de armas vai lucrar" acrescentando que a decisão vai beneficiar as indústrias bélicas da Inglaterra e França.
A Bélgica afirmou, através do seu Ministro de Relações Exteriores, Didier Reynders, que não fornecerão armas aos mercenários.
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