Em sua carta-testamento, o líder Muamar Kadafi convoca o povo líbio a “continuar a resistência”
A
carta-testamento, datada de 17 de outubro, divulgada por um site líbio, foi reproduzido pela BBC. A última vontade de Kadafi reitera que "mesmo se não vencermos imediatamente, nós daremos uma lição às futuras gerações que escolher proteger a nação é uma honra e vendê-la é a maior das traições". "Façam as pessoas livres do mundo saber que nós poderíamos ter negociado e vendido nossa causa em troca de segurança pessoal e vida estável, mas escolhemos estar na vanguarda da confrontação como um distintivo do dever e da honra", e convoca o povo a "combater qualquer agressor estrangeiro, hoje, amanhã e sempre".Abaixo, na íntegra, o documento
"Esta é a minha vontade. Eu, Muamar bin Mohamad bin Abdussalam bin Humayd bin Abu Manyar bin Humayd bin Nayil al Fuhsi Gaddafi, juro que não há outro Deus senão Alá e que Maomé é o seu Profeta, que a paz esteja com ele. Eu me comprometo a morrer como muçulmano.
Se eu for morto, quero ser sepultado, de acordo com os rituais muçulmanos, nas roupas que eu estiver vestindo na hora da minha morte e sem que meu corpo seja lavado, no cemitério de Sirte, junto da minha família e parentes.
Eu gostaria que minha família, especialmente as mulheres e as crianças, sejam tratadas bem após a minha morte. O povo deve proteger sua identidade, conquistas, história e a honrada imagem dos seus ancestrais e heróis. O povo líbio não deve esquecer os sacrifícios dos seus melhores e mais livres filhos.
Eu convoco meus apoiadores a continuar a resistência, e a combater qualquer agressor estrangeiro contra a Líbia, hoje, amanhã e sempre.
Façam as pessoas livres do mundo saber que nós poderíamos ter negociado e vendido nossa causa em troca de segurança pessoal e vida estável. Recebemos muitas ofertas com esse objetivo, mas escolhemos estar na vanguarda da confrontação como um distintivo do dever e da honra.
Mesmo se não vencermos imediatamente, nós daremos uma lição às futuras gerações que escolher proteger a nação é uma honra e vendê-la é a maior das traições, o que a história lembrará para sempre apesar das tentativas de outros de dizer o contrário.
Que seja transmitida minha saudação a cada membro da minha família e aos fiéis da Líbia, assim como a todos os fiéis em todo o mundo que nos hajam apoiado, inclusive se o fizeram apenas de coração.
Que a paz esteja convosco.
Sirte, 17 de outubro de 2011
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