Jornal o Globo(CBN)
No dia
7 de fevereiro de 2007, uma morte brutal chocou o Brasil. O menino João Hélio,
de seis anos, foi arrastado por sete quilômetros do lado de fora de um carro dirigido
por criminosos. O que poderia ser mais um assalto na Zona Norte do Rio acabou
sendo uma tragédia. A mãe da criança parou num sinal de trânsito por volta das
nove da noite quando foi abordada por assaltantes armados. Ela e a filha que
estava no banco da frente conseguiram abandonar o carro, mas João Hélio ficou
preso do lado de fora pelo sinto de segurança.
Cinco
pessoas foram presas cerca de dezoito horas após o crime, entre eles um
adolescente de 16 anos. A crueldade do crime gerou uma onda de revolta e
indignação no país. Os criminosos foram condenados a penas que variaram de 39 a
45 anos de prisão. O menor envolvido recebeu pena de medida sócio
educativa, tendo que cumprir três anos em regime fechado e dois anos em
semiaberto. Em 2011, ganhou o benefício da liberdade assistida. Além de
provocar passeatas e protesto contra a violência, o caso reforçou a discussão
sobre a redução da maioridade penal no país.
Escrevi
este texto em 2007 abaixo, sobre o assassinato do jovem, que teve muita repercussão.
Esta realidade em nada mudou nestes 12 anos. A grande mídia continua a levar
seu projeto de dominação ideológica, fortalecendo e apoiando a superexploração
que o povo brasileiro está sendo submetido. Nossos jovens brasileiros negros
principalmente, pobres, miseráveis das favelas, continuam sendo assassinados
pelo Estado repressor. Mas isso faz parte de um projeto de dominação elaborado
pelo imperialismo dos EUA, tudo pensado, nada do que ocorre é por acaso, é
proposital. É chegado o momento de darmos um fim a esta situação, irmos às ruas
e dizermos:
BASTA!
A MÍDIA E A VIOLÊNCIA.
A Grande mídia colonizada no Brasil tenta
induzir a todos, os homens e mulheres de bem deste país, a maioria, que o
assassinato brutal de um menino de 06(seis) anos no Rio de Janeiro, Zona Norte,
que é defensora da não violência, dos bons costumes, da civilização, dos
direitos humanos da justiça.
A hipocrisia, a farsa, desmascara-se, quando ela
propõe, o fim da maioridade, na lei penal. Para que os pobres, jovens, sejam
postos na cadeia mais cedo e apodreçam.
Esconder os fatos, a realidade, mentir, tem sido
o papel desta mídia colonizada.
Precisamos ir fundo, analisar os fatos, sem
distorções e propor, soluções que acabem com a violência. Com certeza, uma
dessas soluções é mudar em profundidade, a programação, principalmente da
Televisão brasileira.
Temos de rever essas concessões, qual tem sido a
responsabilidade, desta mídia colonizada, na geração da violência. Da violência
às consciências, praticada diariamente, principalmente na juventude.
Qual é a origem dos jovens que cometeram o
crime, em que condições socioeconômicas, culturais, eles vivem e viveram?
São jovens que não ultrapassam os 23(vinte e
três) anos de idade.
Como o país foi governado neste período? Que
política econômica, social e cultural foi aplicada? Como se comportou a grande
mídia colonizada, neste período e hoje se comporta?
Nestes 23(vinte e três) anos, claro que há mais
tempo, mas refiro-me ao período de existência destes jovens, milhões de homens
e mulheres perderam seus empregos, a cidadania, tornaram-se biscateiros,
Milhares de indústrias, comércio foram à
falência. Até guarda-chuva, alfinete, caixa de fósforos, importamos, não porque
não sabemos fabricar guarda-chuva, fósforo, alfinete, porque a política
aplicada neste período, de favorecimento ao capital estrangeiro, especulativo,
facilitou a entrada destes produtos importados, quebrando nossas indústrias.
E a grande mídia colonizada dizia que nossas
indústrias eram obsoletas, tecnologicamente atrasadas, que caras de pau, não
sabemos nós os tupiniquins, fazer palito de fósforo, alfinete, sabonete, até
coco passamos a importar.
O governo que eles defendiam os tucanos barateou
o dólar e fez que entrasse produtos de quinta categoria, no país. (Hoje
em 2020 com o dólar alto importamos quase tudo pagos em dólar, aumenta tudo,
inclusive a comida).
A educação, as escolas funcionam com muita precariedade
Os valores cívicos, morais, nacionais,
perderam-se, com ajuda da mídia colonizada. (Quanto estrago foi feito nas
consciências de nossa juventude deste período2007 até hoje 2020)
A juventude brasileira passou a não ter
perspectivas, na educação e no trabalho.
O Patrimônio público, as empresas, construídas
ao longo de décadas, pelo esforço do povo brasileiro, foram “doadas”,
assaltadas, pelas sanguessugas, monopolistas, e os vermes, sócios menores no
Brasil, os tucanos lacaio.
A monstruosidade cometida neste período, à nação
brasileira, por estes indivíduos e seus comparsas, mereciam fuzilamento em
praça pública, por crime e lesa-humanidade. https://anistia.org.br/um-pacto-pela-vida-dos-jovens-negros/
A grande mídia colonizada, neste período, veio
com a “ideologia” do “livre mercado”, só os “mais competentes”, sobreviveriam,
a lei do cada um por si, o individualismo exaltado como ideologia dominante,
ter “competitividade”, “empreendedorismo” e outras baboseiras mais.
O incentivo
ao consumismo do que era importado era melhor estavam e estão na ordem do dia
deles, na TV principalmente.
A grande mídia colonizada apoiou a “cultura da
barbárie”, se é que é cultura, isto é ofender a cultura. Duro de Matar, 1,2,3...”Rambos”
e etc. A “cultura” da barbárie veio com a “ideologia de mercado”.
Vincula-se diariamente na TV, a destruição da
família, as novelas viraram verdadeira imoralidade, troca de casais, desvalorização
da mulher, do negro, o pai de família virou um irresponsável, fracassado.
O verdadeiro incentivo à prostituição mudou até
o nome, “garota de programa”. (A maioria das mulheres que estão na
prostituição são mulheres da periferia, das favelas, negras principalmente. ) Na
música, se podemos chamar de música, o funk criminal, o samba sem raiz,
Mamonas, Xuxa, o Tcham, dezenas de porcarias são ouvidas diariamente, nas
rádios, TVs, sem conteúdo musical, apenas para vender, e ganharem rios de
dinheiro, verdadeira contracultura, atendendo o “livre mercado”, dos
monopólios. Violência é veiculada diariamente. Como podemos chamar de cultura
nacional “eguinha pocotó”, tiririca, Fiorentina. Que liberdade de imprensa é
esta? Não existe liberdade de imprensa, porque só saem nos jornais, TVs,
rádios, o que os donos destas empresas querem e seus patrocinadores
determinam... é a liberdade dos monopólios. estrangeiros. E estes não querem
que nada que seja nacional, da cultura nacional, seja veiculado. O que eles
dizem que é nacional é estereótipo, lixo, que eles veiculam. À custa de muito
dinheiro eles massificam com “musicas”, ”modismo”, a vender estes lixos.
Os interesses “empresariais” estrangeiros e seus
sócios menores internos, jamais estarão em consonância, com interesses
nacionais, no caso da mídia colonizada.
No Brasil, a grande mídia colonizada, esta
umbilicalmente, ligado aos interesses da ideologia do colonizador. Não é
permitida qualquer manifestação de boa cultura nacional, principalmente na TV.
Eles dirão, mas nós veiculamos os desfiles das escolas de samba, mas estas se impuseram,
ao longo de décadas de luta.
Mesmo assim, tentam dar um caráter
individualista as escolas, valorizando em excesso os coreógrafos, o cantor do
samba, as artistas da TV. Esta arte é coletiva, verdadeira arte nacional
coletiva, sem aquele coletivo das escolas de samba, não seria o espetáculo que
é, isso eles engolem, tiram até uma boa casquinha, ganhando um bom dinheiro.
Em 2020 as escolas de Samba no Rio de Janeiro
deram um banho de nacionalismo, de
criticas ao entreguismo, do desgoverno do Boçalnaro.
Um dia desses, nas escadarias da Assembléia
Legislativa do RJ, um rapaz gritando: “Acordem, Acordem”. Com um grupo de pessoas,
vestido de preto, com faixas em preto. Depois soube que era do grupo “musical”,
“Detonautas”, esse rapaz.
Esses grupos que a mídia colonizada, inventa,
pensam que estão fazendo musica. Esse rapaz que gritava cheio de balangandãs é
até um direito de ele andar e vestir assim, na orelha, no nariz e o pessoal
deles também, cheio de penduricalhos no corpo, uma gente esquisita, pareciam
uns defuntos vivos. Gritando desesperado, é claro que ninguém de bom censo, vai
dar ouvido a essa gente. Estes grupos, fabricado pela mídia colonizada, faz
muito barulho, que dizem ser “musica”. Com esta barulhada tocando diariamente,
essa violência praticada, é que faz com que uma parcela da nossa juventude,
fique alienada, diante dos problemas do país da coletividade.
Esses grupelhos pregam o invidualismo a luta sem
causa, a “liberdade” individual como podemos ser livres sem todo o coletivo ser
livre, é bem ao gosto da pequena burguesia reacionária, serve muito bem aos
interesses da grande mídia colonizada.
Estamos acordados, rapaz, você que ainda vive no
pesadelo. Se naquela gritaria não tinha povo como vocês esperavam porque
sabemos que as soluções para resolver a violência passa inclusive pela não existência
do que vocês produzem “musicalmente”. E a solução é ao contrario do que a mídia
colonizada tem pregado que é mais Estado, mais Estado junto ao povo, mais
cultura nacional, trabalho, porque o povo precisa de mais Estado vocês e seus
amos não.
As consequências, sociais, culturais, que hoje
vivemos é fruto desta junção; da propaganda da mídia colonizada entreguista,
com a política econômica, aplicada, da política de terra arrasada, do assalto
ao patrimônio público, da contracultura. Eles são os responsáveis pelo caos e a
violência o que ocorreu naquela época, é
a ponta, do que realmente foi praticado.
Os jovens, o menino que morreu as famílias de
ambos são vitimas deles, desta política, defendida, há muito pela mídia
colonizada.
Precisamos de um estado não repressor, mas com
saúde pública digna, educação de qualidade, que estimule a geração de emprego.
Nas periferias das grandes cidades, centenas de
milhares de jovens são assassinados, jogados aos trafico. São filhos dos
biscateiros, dos desempregados, dos arrochados salariais, filhos da miséria.
Vivemos em um país rico, absurdamente, não
usufruímos nada, ou quase nada desta riqueza. No Brasil, existir a
miserabilidade que existe, é crime.
Pelo potencial humano, material, que tem o
Brasil, ter milhares de famílias, vivendo debaixo das pontes, nas condições
piores nas favelas, nas ruas em condições subumanas, é crime.
A mídia colonizada tenta jogar a culpa nos
jovens, nos pobres, da periferia.
Ninguém de bom censo é a favor, do que foi feito
praticado pelos jovens que mataram o menino. Estes indivíduos têm que ser punidos
de acordo com a lei.
Tanto a família do menino assassinado, quanto
aos jovens que cometeram o crime são vitimas de toda a política econômica,
social, cultural, aplicada no Brasil nos últimos anos.
Se
tivéssemos investido, no emprego, na educação, vinte e trinta anos atrás, as
cadeias estariam vazias.
A Hipocrisia da mídia colonizada, ela é corresponsável
por este estado de violência.
A solução para eles é baixar o porrete no povo.
A resistência, a luta do nosso povo tem sido
grande, resta agora é darmos um basta a esta mídia colonizada. Aí sim
começaremos a diminuir esta violência.
A democracia só irá avançar o dia que acabarmos
com o monopólio privado da comunicação.
Aylton Mattos.
Movimento
Getulista